BÉLGICA CONFIA EM ESTÍMULOS FISCAIS PARA ATRAIR INVESTIMENTOS BRASILEIROS NO SETOR PETROQUÍMICO
Por Luigi Mazza (luigi@petronoticias.com.br) –
Uma boa localização geográfica e estímulos fiscais a empresas estrangeiras. É essa a receita da Bélgica para a atração de investimentos brasileiros ao seu território, que conta com o segundo maior porto da Europa, na Antuérpia, e que tem se consolidado nos últimos anos como um dos maiores parceiros comerciais do Brasil no setor petroquímico. O porto conta ainda com 1.000 hectares disponíveis para a instalação de empresas, afirma o adido comercial da Flanders Investment & Trade, Yves Lapere, que vem buscando possíveis investidores para as áreas. O país também possui diversas empresas instaladas no Brasil, e pretende ampliar sua participação nesse mercado ao longo dos próximos anos. Apesar das dificuldades burocráticas para se firmar no país, destaca Lapere, existe grande interesse das empresas belgas em investir por aqui. Responsável pela atividade econômica da embaixada da Bélgica no Brasil, a Flanders tem buscado auxiliar as negociações e acelerar os investimentos nos setores petroquímicos dos dois países.
Como o mercado belga tem sido afetado pela queda mundial dos preços do petróleo?
Não tem sido muito afetado, porque o ponto forte da Bélgica é o setor petroquímico. Nós temos o segundo maior porto da Europa, o da Antuérpia. Para essas empresas, o petróleo é matéria prima, então quanto mais barato melhor para elas, mas isso não tem atingido muito o setor.
Quais são os principais projetos do país no setor naval?
Das 10 maiores empresas químicas do mundo, sete estão baseadas na Bélgica. Todas essas empresas petroquímicas são interligadas por 1.000 km de dutos, onde podem passar até 100 produtos diferentes. E de todas as exportações e importações de produtos químicos do mundo, 10% passam pelo porto de Antuérpia.
Como enxerga as perspectivas de investimento no Brasil?
A Bélgica é um país de pequenas e médias empresas, várias delas com presença aqui no Brasil. Elas vêm para cá atuar no mercado local brasileiro, que é bem grande e se encontra em crescimento. Para ter competitividade, é necessário ter uma produção local. Os maiores investimentos belgas no Brasil, hoje, são da Katoen Natie, empresa de logística, e da AB InBev, na produção de cerveja. Mas temos muitos investimentos em produtos petroquímicos entre os dois países.
Quais são as maiores dificuldades no mercado brasileiro?
Uma delas é a taxa de importação, mas isso não é tão importante, porque ela pode ser calculada e as regras são claras. O outro maior problema são os entraves burocráticos para se registrar um produto, além das dificuldades alfandegárias. São questões complicadas e difíceis de prever. Elas entram no custo de investimento do país, o que afeta os produtos nacionais e a vida das empresas.
Como estimular novas parcerias?
Para nós, é muito importante a feira Intermodal, onde a cada ano participamos com três portos, buscando atrair o interesse de investidores. Nós também organizamos seminários de investimento, buscando convencer empresas brasileiras que possuem negócios na Europa a investirem na Bélgica. O próximo evento que vamos realizar será no ano que vem, durante as Olimpíadas, e terá como foco a promoção do mercado belga como lugar para investimentos no setor petroquímico. Será um seminário para explicar as vantagens fiscais e a boa localização geográfica da Bélgica. Posteriormente, auxiliamos as empresas individualmente em seus projetos.
Quais são essas vantagens?
O imposto cobrado acima do lucro das patentes, na Bélgica, é o menor da Europa. Existem estímulos fiscais: as empresas estrangeiras que investem no país pagam menos impostos para o governo. Há muitos incentivos específicos também na área ambiental. E o país possui uma localização central, o que auxilia nos negócios com outros países.
Como têm sido as relações de investimento em logística portuária entre os dois países?
A Bélgica é utilizada como porto de entrada para empresas brasileiras na Europa. As exportações brasileiras para o país dobraram nesses últimos anos, e queremos continuar nesse ritmo de parcerias. O porto de Antuérpia tem ainda 1.000 hectares de área disponível para instalação de empresas, então tentamos estimular esses investimentos.
Quais são as perspectivas para os próximos anos?
O mercado brasileiro cresceu muito nos últimos 10 anos, então temos muitos investimentos e parcerias belgo-brasileiras que dão certo. Os últimos seis meses estão mais calmos, mas isso é temporário. Esses investimentos continuam ativos.
ola, a belgica como outros pais europeio nao pode oferecer incetivos fiscais diferente de outro pais europeio, alem disso a taxa de imigracao e muito alta, alem dos problemas de integracao com sociedades de varias cultura, pessoalmente , nao investiria neste pais. na minha opiniao Almanha o pais europeo que mais oferece preparada , uma lingua, uma cultura, uma Nacao, nao com a belgica devidida!!