LISTA MISTERIOSA DE DELAÇÕES INCLUI RENATO DUQUE E GERA CLIMA DE TERROR ENTRE POLÍTICOS
A terra vai tremer. O anúncio de uma lista misteriosa com quatro novos delatores da Operação Lava Jato, feito pela Força Tarefa do Ministério Público Federal, está gerando muitas especulações e criando uma espécie de onda de terror, principalmente entre políticos. Se for confirmada a informação que o Petronotícias recebeu com exclusividade, um desses nomes é Renato Duque, ex-diretor da Petrobrás.
Diante de tantas evidências e algumas comprovações de depósitos bancários no exterior, Duque ficou sem saída. Para ter uma pena menor, teria decidido falar tudo o que sabe. Os seus depoimentos, que estão sendo tomados por agentes federais e membros do Ministério Público, vão deixar muita gente de colarinho branco de cabelo em pé.
Há muito cuidado em torno desses depoimentos. Está sendo considerado, como nos tempos de Collor na presidência, “Nitroglicerina Pura”. É um dos depoimentos que mais assusta a classe política e o governo, neste momento. Sua participação no processo de delação premiada, se for confirmada, trará novas dimensões à Operação Lava Jato, já que poderá confirmar todas as acusações referentes a membros do Congresso, do Planalto, e da Odebrecht, que mantêm sua negativa na participação em todo esquema de corrupção. O pânico nos arredores da capital do país ainda é silencioso, mas já se espalha como rastilho de pólvora em conversas pelos cantos e corredores.
O entendimento é que o ex-diretor cansou de esperar uma ajuda de fora da carceragem. Sua primeira prisão, em novembro de 2014, não se prolongou como a de todos os outros empreiteiros levados para Curitiba no mesmo dia. Em dezembro, ele conseguiu um habeas corpus, emitido pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowski, mas voltou a ser preso em março deste ano, na operação batizada “Que país é esse?”, em referência a um áudio vazado em que o ex-diretor da Petrobrás fazia esse questionamento ao advogado, ao saber que seria preso em algumas horas. Na época, foram descobertas transferências de Duque da Suíça para uma conta dele mesmo em Mônaco, onde havia uma soma total de 22,5 milhões de euros. Até agora, ele negou que fosse o dono desse dinheiro.
Além disso, ele já foi acusado por seu ex-braço direito, Pedro Barusco, que ocupou o cargo de gerente executivo de engenharia e serviços da Petrobrás na época em que a diretoria era comandada por Duque. Barusco afirmou, em processo de delação premiada, que recebeu propina em 87 obras da Petrobrás. No depoimento, ele disse ainda que os valores arrecadados dessa forma eram repartidos também com Duque e o PT, estimando um repasse de US$ 150 milhões a US$ 200 milhões ao partido.
Barusco afirmou ainda, na época, que seu ex-chefe recebia uma quantia de R$ 50 mil em dinheiro a cada 15 dias, de propina, por conta de contratos das empreiteiras com a Petrobrás, contando que ele continuou a recebê-las em conta no exterior mesmo depois de ter deixado a diretoria de serviços em 2012.
Apesar de todas as acusações acumuladas, com denúncias reiteradas do Ministério Público e novas ações aceitas pela Justiça, Renato Duque tem negado tudo por meio de seus advogados, assim como o PT. Agora, parece que ele mudou de estratégia.
CHEGOU A VEZ DE INVESTIGAR A RESPONSABILIDADE DO TERCEIRO ESCALÃO DA PETROBRAS E ATE MESMOS COLABORADORES TERCEIRIZADOS QUE ATUARAM NO ESQUEMA DO RENATO DUQUE? Reforço a tese assacada pelo PETRONOTÍCIAS dando conta que um dos processos de delação premiada que corre atualmente em sigilo no âmbito da Lava Jato, seria a do Renato Duque. Essa percepção decorre do fato em que poderemos retirar do rol das possibilidades, o Nestor Cerveró e Fernando Baiano, pelas derradeiras declarações de seus advogados, já que permanecem questionando as atitudes do Juiz Moro. Se confirmando que o Ex-Diretor Renato Duque se transformou em delator, ainda… Read more »
Muito obrigado Assis!
Vc tirou um peso da minha conciência. Na condição de terceirizado, quando fui dispensado, achei-me incompetente profissionalmente para trabalhar na Petrobras.
Sem padrinho e por tratar de assuntos espinhosos, é certo que eu tenha desagradado alguns “chefes”, por não concordar com os desdobramentos, cuja arquitetura estava no âmbito do fisiologismo.
Vc tem razão em afirmar que, ainda hoje dentro da Petrobras, há forte influência protecionista em muitas gerencias.