JUIZ SÉRGIO MORO CONDENA GRUPO DA OAS NA OPERAÇÃO LAVA JATO | Petronotícias




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JUIZ SÉRGIO MORO CONDENA GRUPO DA OAS NA OPERAÇÃO LAVA JATO

leoCinco condenados de uma vez. A Justiça Federal no Paraná condenou, nesta quarta-feira (5), cinco executivos da empreiteira OAS por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. Eles vão cumprir pena de até 16 anos de reclusão, mas ainda cabe recurso. O presidente da empresa, José Aldemário Pinheiro Filho (Leo Pinheiro) foi condenado a 16 anos e 4 meses de reclusão, assim como o Agenor Franklin Magalhães Medeiros, que era diretor da área Internacional da OAS. Mateus Coutinho de Sá Oliveira, ex-diretor financeiro da empreiteira, e José Ricardo Nogueira Breghirolli, apontado como responsável pelo transporte da propina, foram condenados a 11 anos por lavagem de dinheiro e organização criminosa. O executivo Fernando Augusto Stremel Andrade recebeu uma condenação por lavagem de dinheiro, e prestará serviços comunitários por quatro anos. Os desvios da empreiteira chegaram a cerca de R$ 30 milhões, segundo o Ministério Público Federal. Este dinheiro teria sido obtido de contratos da Petrobrás.

Os quatro executivos da OAS – Leo Pinheiro, Medeiros, Oliveira e Breghirolli – já  cumprem prisão domiciliar. Durante as investigações, eles ficaram presos preventivamente por cinco meses em Curitiba, sede da operação. O juiz Sergio Moro determinou que eles retirem a tornozeleira, a fim de evitar que toda a pena seja cumprida em prisão domiciliar. Os executivos permanecem sujeitos a outras medidas cautelares, como comparecer quinzenalmente à Justiça e proibição de deixar o país.

Os desvios cometidos pela empreiteira chegaram a cerca de R$ 30 milhões, sustenta o Ministério Público Federal –dinheiro obtido de contratos da Petrobras. No despacho, Sergio Moro escreveu que:

Trata-se de um grupo criminoso envolvido habitual, profissionalmente e com certa sofisticação na prática de crimes contra a Petrobras e de lavagem de dinheiro”

Para o magistrado, ficou provado que os executivos cometeram crimes por longos períodos e se organizavam de forma estruturada e profissional. Também foram condenados o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, que recebeu parte da propina paga pela OAS, e o doleiro Alberto Youssef, que operacionalizou os pagamentos. Eles fizeram acordo de delação premiada com a Justiça.

VEJA AS CONDENAÇÕES NA OAS
José Aldemário Pinheiro Filho (Léo Pinheiro)
presidente da OAS
Crimes: corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa
Pena: 16 anos e 4 meses, inicialmente em regime fechado
Multa: R$ 2 milhões

Agenor Franklin Magalhães Medeiros
diretor da área internacional da OAS
Crimes: corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa
Pena: 16 anos e 4 meses, inicialmente em regime fechado
Multa: R$ 2 milhões

Mateus Coutinho de Sá Oliveira
vice-presidente do conselho de administração da OAS
Crimes: lavagem de dinheiro e organização criminosa
Pena: 11 anos, inicialmente em regime fechado
Multa: R$ 1,3 milhão

José Ricardo Nogueira Breghirolli
funcionário da OAS
Crimes: lavagem de dinheiro e organização criminosa
Pena: 11 anos, inicialmente em regime fechado
Multa: R$ 1,3 milhão

Fernando Augusto Stremel de Andrade
funcionário da OAS
Crimes: lavagem de dinheiro
Pena: 4 anos, em regime aberto
Multa: R$ 186,6 mil

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