TEKNOFIL BUSCA CRESCER NO SETOR DE SERVIÇOS E FORMAR PARCERIAS INTERNACIONAIS | Petronotícias




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TEKNOFIL BUSCA CRESCER NO SETOR DE SERVIÇOS E FORMAR PARCERIAS INTERNACIONAIS

Por Luigi Mazza (luigi@petronoticias.com.br) –

Paulo Coelho TarjaA desconfiança de investidores estrangeiros talvez seja o maior desafio a ser superado pelas empresas brasileiras que buscam novas parcerias para o setor de óleo e gás. Tempos de recessão, no entanto, são também tempos de oportunidades. É sob essa perspectiva que diversas companhias viajam à Escócia, nesta semana, para participar da SPE Offshore Europe 2015, que reunirá na cidade de Aberdeen profissionais de todo o mundo para debater e firmar novos acordos que auxiliem a superação do cenário de dificuldades. Esse é o caso da Teknofil, empresa brasileira que atua no segmento de tratamento de fluidos e que irá à feira atrás de parceiros interessados em investir no Brasil, expandindo suas áreas de atuação no mercado. Em busca de alternativas que diversifiquem suas funções no momento ruim, a empresa quer estender suas atividades ao setor de serviços, afirma o gerente de desenvolvimento de negócios da Teknofil, Paulo Coelho. A companhia vem adaptando sua base em Macaé ao novo segmento de atuação e, apesar dos efeitos negativos da crise na indústria, enxerga com bom potencial as demandas que devem crescer ao longo dos próximos meses. A feira de Aberdeen, entre os dias 8 e 11 deste mês, se encaixa nos novos planos da empresa, que já vem negociando investimentos com empresários estrangeiros e busca vencer a desconfiança que hoje domina o mercado. “Estamos indo conversar lá fora, e isso é uma forma de demonstrar aos nossos potenciais parceiros que, embora exista uma nuvem negra, ela vai passar. Tornar o processo mais pessoal: essa é a síntese do nosso projeto”.

O que a Teknofil busca em Aberdeen?

O nosso objetivo é incrementar o nosso portfólio de produtos, buscando parcerias e uma possibilidade de formar uma joint venture para aproveitar esse momento de crise no mercado. Já dominamos o que fazemos há muitos anos, mas hoje isso tem menos efetividade. Então queremos buscar alternativas para diversificar e buscar em novos segmentos a receita perdida em função da situação que o país vive.

A empresa já tem parcerias em vista?

Nós vamos para lá já com dois contatos feitos com empresas, e temos reuniões marcadas para tentar discutir modalidades de parcerias. Além, é claro, das empresas que buscaremos na feira por apresentarem semelhança com o nosso perfil.

Como a Teknofil busca superar a desconfiança dos investidores?

Isso é questão de tempo e de estreitar os laços com o cliente. O que eu tenho de percepção sobre o tema é que ingleses e escoceses, já desconfiados normalmente, hoje podem ter um pé e meio atrás ao lidar com uma empresa brasileira. Os noticiários sobre o Brasil hoje não são positivos, e isso incrementa a dificuldade. Mas acho que isso pode ser resolvido. O primeiro passo concreto que demos foi decidir pelo investimento na feira. Estamos botando a cara lá fora, e isso é uma forma de demonstrar aos nossos potenciais parceiros que, embora exista uma nuvem negra, ela vai passar. Tornar o processo mais pessoal: essa é a síntese do nosso projeto.

Em que novas áreas a empresa estuda investir?

Nós estudamos expandir as atividades para a área de serviços. Hoje, o nosso foco na Europa seria a oferta de produto e serviço, para que possamos ter os elementos de filtração para comercializar e equipamentos que poderiam ser trabalhados no Brasil, tanto para prestação de serviços quanto para aluguel.

Como seria essa expansão para a área de serviços?

O meu projeto, que ainda precisa ser avaliado com um maior estudo de viabilidade, é de passar a focar mais em serviço, principalmente na nossa unidade de Macaé. Nós mudamos de base na cidade faz dois meses, e agora estamos capacitados com infraestrutura para caminhar nessa direção. Mesmo no momento de crise, não nos curvamos. Estamos sendo criteriosos nos estudos e buscamos criar as condições necessárias para entrar no jogo dos serviços.

Existe algum projeto específico para o setor de serviços?

Hoje, o que eu vejo como central nesse mercado é o tratamento de água oleosa. Com as demandas cada vez mais rigorosas das entidades ambientais no Brasil e no mundo, isso vem sendo foco de estudo em toda a indústria. É um mercado emergente e um dos poucos que vem crescendo na área de serviços do país. Então se trata de algo que podemos estudar melhor para agregar aos nossos clientes aqui no Brasil.

Quais têm sido os impactos da crise na Teknofil?

Nós temos que ter duas coisas claras para avaliar isso no mercado: o tamanho do bolo e a fatia que a empresa tem no bolo. Eu fiz uma análise comparando os números do último trimestre com o do mesmo período de 2014, e percentualmente a nossa quantidade de cotações diminuiu em 30%. Temos uma redução no tamanho do nosso mercado devido à retração que as outras empresas vêm sofrendo, principalmente a Petrobrás. Mas o que enxergamos no meio disso é que a nossa fatia não foi atingida, ou seja, não perdemos competitividade. Já que não temos como influir no tamanho do bolo, vamos aproveitar esse momento porque não reduzimos investimento ou força de trabalho.

Quais são os projetos para aproveitar o atual cenário?

Nossa equipe de vendas continua motivada mesmo com um mercado menor, e vamos tentar crescer cada vez mais no nosso market share. Estamos trabalhando nossas estratégias. Entre elas, a migração para a nova base e a busca de novas soluções na feira, para agregar tecnologias, serviços e parcerias que ampliem isso.

Quais as perspectivas da Teknofil para o futuro no mercado brasileiro?

O nosso projeto é continuar atendendo os clientes com qualidade e honestidade, como fazemos há quinze anos. O fato de ter uma nova base em Macaé sinaliza para o mercado que estamos dispostos a crescer, temos mais espaço e podemos ampliar nossos contratos de fornecimento. Temos contrato há mais de dez anos com a Halliburton, e pretendemos estender a isso a outros clientes, porque é um acordo que para eles gera um grande benefício. E, expandindo para a área de serviços, vamos conseguir uma sinergia entre nossa experiência e nossos produtos para partir para novos projetos.

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