PH DUTOS AGUARDA RETOMADA DE OBRAS PARA EXPANDIR ATIVIDADES E NEGOCIA NOVOS PROJETOS NO NORDESTE
Por Luigi Mazza (luigi@petronoticias.com.br) –
Embora as obras paralisadas sigam afetando as empresas fornecedoras do mercado de óleo e gás, a expectativa para o futuro é de retomada de investimentos. O cenário não é diferente para a PH Dutos, que vem buscando novas alternativas para superar a recessão e espera fechar novos contratos em operações no Nordeste. A empresa espera também retomar projetos com outras companhias ainda neste ano, o que pode trazer maiores demandas para o fornecimento de equipamentos e serviços de manutenção. Mantendo o foco na inovação, a companhia busca expandir sua atuação na área de serviços a obras e deve ampliar seus contratos conforme o mercado se reaquece, explica a diretora comercial da PH Dutos, Cristina Graham. A indústria brasileira ainda carece de atividades nesse setor, afirma a executiva, que estuda uma maior aproximação do segmento offshore e vê com bons olhos o mercado de países vizinhos na América Latina. No atual momento, porém, o foco é a consolidação de novos projetos de fornecimento para obras na indústria brasileira, que aos poucos deve se reerguer. “A situação não é fácil, mas já estamos sendo procurados para várias cotações de obras. Estamos fazendo planejamentos, e isso indica que provavelmente a movimentação deve ser retomada em breve”, afirma a diretora.
A empresa tem investido em projetos inovadores?
No momento, o nosso material mais inovador são as bolsas geotêxteis, que são usadas no lugar da concretagem. Quando a empresa tem tubulações em uma área alagada, o que é recorrente no Brasil, ela normalmente utiliza um tubo concretado que pode trazer muitos problemas. Essas bolsas, as eco-bags, são muito importantes para que se faça o controle de flutuabilidade.
Quais são os principais projetos da empresa?
O nosso objetivo é facilitar obras. O que tivermos de produtos da mais alta tecnologia, tanto para locação quanto para venda, estaremos oferecendo. Normalmente não existe muita mudança de tecnologia no nosso ramo, mas sempre estaremos trazendo o que houver de mais inovador para a operação de empresas. Nós temos muitos contatos próximos, como no Canadá, na Europa, nos Estados Unidos, e vamos atrás da informação. Se couber no nosso escopo, nós trazemos como uma das alternativas para fornecermos aos nossos clientes.
A PH Dutos vem buscando parcerias internacionais?
Nós temos parceiros já sólidos e continuamos com eles. Ultimamente, temos sido mais procurados em vez de procurar. Nossos parceiros entendem como é o mercado no Brasil, e as relações continuam bem fortes. Eles estão aguardando conosco que as coisas melhorem para continuarmos fornecendo materiais.
A empresa continua dando foco à área de manutenção?
Nós aprendemos alguns processos e agora estamos fornecendo serviços nessa área. Trabalhamos com a manutenção de equipamentos especializados, como o mandrill hidráulico, a acopladeira interna pneumática e a curvadeira interna de dutos, que acabam agregando às empresas porque são produtos realmente diferenciados. Às vezes os produtos vêm do exterior e temos problema para utilizar aqui, porque podemos não ter a mesma pressão ou vazão, e a densidade talvez não seja muito estável. Então às vezes é preciso adaptar algumas situações no Brasil. Ainda não estamos 100% nessa área devido à falta de obras, mas quando elas voltarem nós buscaremos aprimorar esse nosso serviço.
Todas as obras estão paradas?
No momento, a maioria está no papel. Estamos trabalhando em algumas obras no Maranhão e no Rio de Janeiro, mas existe a probabilidade de fecharmos muitas obras no Nordeste. As empresas estão planejando isso, ainda sem data fixa, e é algo que vem sendo estudado. Eles estão pedindo preços, conversando conosco, e acreditamos que agora em 2016 o nosso mercado de dutos melhore bastante.
Há perspectiva de retomada das obras?
A expectativa é de que ao final do ano isso melhore, porque algumas obras não podem esperar, elas têm que acontecer. Como existe um pouco de insegurança no mercado, a situação não é fácil, mas já estamos sendo procurados também para várias cotações de obras. Estamos fazendo planejamentos, e isso indica que provavelmente a movimentação deve ser retomada em breve.
A empresa tem encontrado espaço no mercado de manutenção?
Ainda não. Normalmente esse serviço é procurado quando realmente existe a necessidade das empresas. Os equipamentos usados são de alta tecnologia e têm um valor muito alto, mas por vezes ficam parados, e na hora que as companhias buscam reutilizar é necessária uma manutenção. Então acreditamos que vamos conseguir nos dedicar mais a aumentar esse tipo de serviço quando as obras forem retomadas.
A empresa estuda se expandir para a área offshore?
Existe uma boa chance, mas por enquanto não é nosso foco. Se decidirmos fazer isso, vejo um mercado imenso para atuarmos, porque existe uma grande necessidade no país para esse tipo de serviço. Acho que o Brasil é muito carente de informações e de empresas que estejam fazendo esse tipo de atividade, então é um mercado que apresenta uma boa abertura. Não é nosso foco, mas também não tiramos do nosso olhar.
Como a empresa busca crescer no atual cenário?
Acho que a melhor forma de crescer é realmente escutar o que o cliente precisa. Se ele busca rapidez, custo mais baixo ou consultoria, tentamos fornecer o melhor produto para ele. Temos uma gama de produtos, nacionais e importados, com algumas opções diferentes para oferecer. Também é importante sempre estar atento ao que acontece no exterior atualmente. Há muitas obras no Peru, no Equador e no Chile, por exemplo, e através disso nós podemos aprender, trazendo as melhores soluções para a necessidade dos nossos parceiros. Nós buscamos também criar novos produtos. Isso porque quando trazemos alguns do exterior notamos uma grande demora na entrega, além de preços mais altos. Então conseguimos adaptar e fabricar alguns produtos no Brasil para poder atender às necessidades do cliente.
A PH dutos vê novas oportunidades na América Latina?
Sim, já fomos procurados, mas ainda nada se concretizou. Nós notamos que existe sim uma grande chance de fornecer a esses países, e isso ainda não aconteceu porque na verdade não houve tempo hábil. Esse é um mercado que nos interessa, inclusive já estivemos em feiras na Argentina e na Colômbia.
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