EMPRESAS DO SETOR DE ÓLEO E GÁS PRIORIZAM EXECUTIVOS PARA ÁREAS DE LOGÍSTICA E VENDAS | Petronotícias




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EMPRESAS DO SETOR DE ÓLEO E GÁS PRIORIZAM EXECUTIVOS PARA ÁREAS DE LOGÍSTICA E VENDAS

Por Bruno Viggiano (bruno@petronoticias.com.br) –

Alessandra SimoesA crise do setor de óleo e gás tem desempregado milhares de pessoas e isso inclui desde os trabalhadores das fábricas de peças até executivos responsáveis por gerir empresas. Segundo a sócia da UpHill Alessandra Simões o momento mais conturbado, com demissões em grande número, já passou e as empresas agora irão se focar em aumentar a eficiência. Prova disso é o especial apreço por profissionais que já passaram por processos de reestruturação dentro de suas empresas. O Rio de Janeiro, entretanto, conta com uma particularidade que torna ainda mais competitiva a briga por uma vaga nas petroleiras: recentemente, a Vale e o setor de telecomunicações passaram por reajustes, causando um excesso de pessoal capacitado no mercado. De acordo com Alessandra, executivos das áreas de logística e vendas estão sendo os mais requisitados pelas petroleiras, que apostam em melhoras nos seus processos e aumento de vendas, respectivamente, como saídas para superar a crise.

Como o mercado de contratação de executivos do setor de óleo e gás vem respondendo à crise?

A recessão brasileira tem tido reflexo direto neste mercado. Acredito que o Plano de Negócios da Petrobrás mostrou mais nitidamente para o segmento que mudanças devem ser feitas. A indústria está se reacomodando a este novo plano, com muitos cortes, mas acho que o pior momento já passou. Agora nós veremos muitas movimentações para melhora na performance, buscando aumentar a eficiência dentro das companhias.

Quando o mercado deve voltar a operar dentro da sua normalidade?

Acredito que o cenário de crescimento exponencial que estávamos presenciando – com barril de petróleo custando US$ 100 e o dólar abaixo de R$2 – podemos nunca mais ver. No entanto, um cenário nem tanto ao mar nem tanto a terra pode ser encontrado dentro de dois ou três anos. Acho esse um prazo bastante sensato para que a indústria de óleo e gás reencontre seu equilíbrio.

Quais mudanças foram percebidas no perfil de contratações?

Nos tempos áureos de movimentação no mercado nós víamos empresas procurando profissionais com perfil de expansão. Pessoas que tinham experiência na implantação de novas fábricas, ou então que já lidaram com situações de duplicar sua equipe de trabalho. Hoje, profissionais especializados em reestruturação, que sabem analisar custos bem de perto, são os mais procurados.

O valor dos salários também está sendo influenciado pelo momento ruim?

Sim. No Rio de Janeiro nós temos uma situação bastante particular que é um excesso de profissionais competentes no mercado. Isso porque, além do setor de óleo e gás, a Vale e o setor de telecomunicações passaram por rejustes recentemente, gerando um excesso de oferta para pouca demanda.

Os executivos que estão buscando se reinserir no mercado podem ficar otimistas?

Todo dia ao ler o jornal as pessoas têm duas opções: ficar triste com a crise ou buscar oportunidades dentro dela. Possibilidades ainda existem no mercado, com projetos ainda em fases que necessitam de contratações.

Alguma área está sendo priorizada pelas empresas de óleo e gás?

Cada empresa procura sua maneira própria de superar a crise, no entanto, temos percebido um apreço maior pelas áreas de vendas e logística. Enquanto algumas empresas querem aumentar sua venda de produtos e serviços, outras querem aumentar a eficiência naqueles que já estão sendo tocados.

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