EMPRÉSTIMOS DE 13 BANCOS PARA O GRUPO SCHAHIN SÃO INVESTIGADOS DENTRO DA LAVA JATO
A força-tarefa da Operação Lava Jato segue levantando novas suspeitas e avaliando relações entre empresas relacionadas aos negócios realizados pela Petrobrás. Desta vez, um grupo de 13 bancos está sendo investigado por crimes financeiros envolvendo contratos avaliados em US$ 15 bilhões entre o grupo Schahin e a Petrobrás.
Uma representação fiscal para fins penais da Delegacia da Receita Federal em São Paulo já foi encaminhada ao Ministério Público Federal com todas as informações. As instituições listadas emprestaram US$ 500 milhões ao Schahin e alegam o não recebimento de US$ 350 milhões. Como o pagamento não veio, os bancos formaram um bloco para cobrar o débito.
A tese é de que esses bancos são coautores de crime de lavagem de dinheiro, dado a estrutura criada para empréstimo e recebimento de dinheiro em paraísos fiscais, com o objetivo de dar “aparência lícita” a valores que poderiam ter origem ilegal no Brasil, como os casos de fraude a licitações e sonegação fiscal realizadas entre o grupo Schahin e a Petrobrás.
Os documentos envolvendo as transações foram analisados pela delegacia regional da Receita de São Paulo e foram encaminhadas para o Ministério Público Federal do estado, no entanto, acabou ficando nas mãos do órgão paranaense, dado as ligações com as investigações da Operação Lava Jato.
A tática usada para o repasse é complexa, com o uso de offshores no exterior. Uma vez emprestado pelos bancos, o dinheiro entrava na Schahin Holding, que transferia a titularidade de crédito para uma filial do banco em um paraíso fiscal. O título de dívida também era repassado, para outra empresa do grupo, a S2 Participações.
A dívida adquirida pela S2 também era repassada, para outras empresas do grupo, em paraísos fiscais. Uma delas é a Deep Black Drilling LLC, através da qual foi fechado o contrato da sonda Vitória 10.000, principal foco das investigações contra o grupo Schahin dentro da Lava Jato.
A lista de bancos que fizeram empréstimos para o grupo Schahin foi dividido em três tipos: credores, coordenadores e administrador. O Itaú BBA, Bradesco, HSBC, Santander, Votorantim, Bonsucesso, Fibra, ABC Brasil, Bic, Pine, Tricury e Rural se encaixam na primeira categoria. Além de emprestar dinheiro, o Itaú BBA, Votorantim e HSBC tinham um papel nas negociações de empréstimo. O alemão Deutsche Bank foi apontado como agente administrativo, fiduciário e colateral.
Pior é que cabe defesa… Pior que equilibrista bêbado! As garantias devem ter sido a mesma em todas as instituições e ninguém desconfiou?
Ao termino de toda comprovação, o enforcamento com as próprias tripas, seria o minimo à ser feito.
Isso é Brasil!