KUWAIT INTENSIFICA PRODUÇÃO E NEGOCIA BARRIL DE PETRÓLEO ABAIXO DE US$ 30
Afetada pela elevada produção no mercado global, a cotação do barril de petróleo parece ainda distante de uma retomada. Os países exportadores do Oriente Médio vêm dando continuidade ao crescimento produtivo e operam com preços de barril abaixo dos US$ 35 negociados no setor internacional, o que aponta para uma maior duração do atual cenário de dificuldades. É o caso do Kuwait, que busca hoje atingir pela primeira vez a marca de 3 milhões de barris e conta com o barril de petróleo estimado em torno de US$ 25,33.
A tendência é que, com a manutenção da elevada produtividade na indústria, a cotação do barril permaneça em baixa por um longo período. Ao passo que compete para manter e conquistar novas fatias de mercado, a Kuwait Petroleum Corporation (KPC) viu o preço do insumo despencar 48% ao longo dos últimos três meses.
Nesta semana, o valor do barril apresentou um leve crescimento no país, subindo US$ 1,21 no sábado (9) frente aos US$ 24,12 registrados na última sexta-feira (8). Ainda assim, a indústria local enfrenta os impactos financeiros causados pela menor cotação dos últimos 11 anos. Representante de peso na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o Kuwait vem seguindo o planejamento de seus países vizinhos e mantém elevadas as metas de crescimento produtivo. A expectativa da KPC é de que o país atinja a marca de 3 milhões de barris em média neste mês de janeiro.
As perspectivas são pouco otimistas para os próximos meses no mercado global de óleo e gás. A tendência é de que a sobreoferta de petróleo continue a segurar a cotação do barril ao longo deste ano, e outros fatores podem ainda pesar sobre o setor. Em análise publicada nesta semana, o banco Morgan Stanley afirma que a rápida queda na economia chinesa e a entrada da produção do Irã no mercado podem empurrar a cotação do barril para abaixo da casa dos US$ 20, o que levaria à perpetuação do cenário de baixos investimentos.
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