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UK ENERGY VAI APROXIMAR EMPRESAS BRITÂNICAS E BRASILEIRAS EM BUSCA DE PARCERIAS NO SETOR DE ÓLEO E GÁS

Por Bruno Viggiano (bruno@petronoticias.com.br) –

GREAT-5935-lowA boa relação entre Brasil e Reino Unido no setor energético terá mais um episódio no dia 8 de março, quando será realizada no Rio de Janeiro a sexta edição da UK Energy, no Rio de Janeiro. O evento, organizado pela Missão Diplomática Britânica no Brasil e pelo UK Trade and Investment (UKTI), terá três principais temas a serem explorados: Construção Naval e Offshore, Subsea, e Maximização da Produção, cada um com um workshop exclusivo com a presença de empresários britânicos e brasileiros. Além deles, também participarão do evento as maiores autoridades nacionais do setor, como a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, e o presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), Jorge Camargo, além do Embaixador Britânico no Brasil, Alex Ellis, do Cônsul Geral no Rio de Janeiro, Jonathan Dunn, e do presidente da Shell no Brasil, André Araujo. Apesar da crise no setor de petróleo e do momento economicamente ruim brasileiro, o interesse de empresas britânicas no país continua em alta, de acordo com o cônsul-geral adjunto e diretor do UK Trade & Investment no Rio de Janeiro, Matt Woods. Ele destaca que a produção nacional continua em alta e que as perspectivas futuras são atraentes para empresas do Reino Unido. Para aproveitar a passagem dos empresários britânicos pelo país, além da UK Energy, estão previstos outros compromissos pela cidade, como reuniões com grandes players do setor, como Statoil, Petrobrás, Total e Subsea7, por exemplo. Além de eventos como esse, missões de empresários brasileiros ao Reino Unido têm sido constantes e, recentemente, duas delegações foram visitar centros de pesquisas e empresas britânicas para aumentar as colaborações entre os países. “Ao todo, foram mais de 50 empresas que formaram a maior missão brasileira ao Reino Unido, participando da maior feira offshore do continente, a Offshore Europe”, destaca.

 Quais as maiores oportunidades para empresas britânicas no setor naval e offshore brasileiro?

Três áreas foram consideradas mais importantes nesse quesito, por isso são os temas que compõem a próxima edição da UK Energy deste ano: Construção Naval e Offshore, Subsea, Maximização da Produção. O Reino Unido tem grande experiência na área de Construção Naval e Offshore, especialmente, com mais de cinco mil empresas atuando há muitos anos nesse setor. Algumas delas já estão atuando aqui no Brasil e outras estão para vir, por conta das demandas brasileiras. O óleo continua a ser produzido e as perspectivas são de que isso continue acontecendo.

Como o evento pode ajudar na formação de parcerias entre empresas brasileiras e britânicas?

A aproximação das empresas participantes é o principal ponto do evento. A organização se importou em fazer o dever de casa, com empresas britânicas convidadas que têm ofertas relevantes para o mercado brasileiro, casando a demanda e a oferta. A presença dos maiores representantes desse segmento no país, como a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, o presidente do IBP, Jorge Camargo, e o presidente da Shell no Brasil, André Araujo, mostra a dimensão do evento e a boa relação entre os países no setor de óleo e gás. Além das participações, a edição deste ano terá três workshops simultâneos com os temas mais técnicos, apresentados por autoridades brasileiras e britânicas.

Além da UK Energy, o calendário dos empresários britânicos inclui visitas a empresas nacionais?

A agenda da delegação ainda inclui uma passagem no escritório da EY no Rio, para um briefing com as tendências de mercado, um panorama da situação, uma visita à Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), uma apresentação na Shell Brasil, além de reuniões já agendadas com a Petrobrás, Statoil, Total, SBM e Subsea7.

Qual a importância do setor energético para os interesses estrangeiros do Reino Unido?

É muito relevante, por conta do tamanho do setor aqui no país e da oferta britânica. Falando mais especificamente da área de óleo e gás, o Reino Unido se faz tão presente por ter grande experiência e uma sinergia muito grande com os interesses nacionais. Fora desse segmento, temos também as renováveis, com menos conhecimentos, mas podendo colaborar bastante em Offshore Wind e geração através de marés. Em um nível mais técnico, há a questão de demanda e oferta, com smart grids em busca de maior eficiência energética. Esta é uma área que passa por muitos aspectos, como mudança de tecnologia e de comportamento, e as empresas britânicas estão ganhando destaque em questões como gerenciamento de demanda, processos de certificação, com incentivo cada vez maior à uma indústria mais inteligente. Brasil e Reino Unido estão trabalhando com bastante colaboração nessa área, com pesquisa para desenvolver e comercializar novas tecnologias.

A queda no valor do barril de petróleo alterou o planejamento britânico para investimentos no Brasil?

Todo o mundo está sentindo a pressão, com impactos sendo anunciados constantemente na indústria. A importância de diminuir custos é cada vez maior dentro do setor de óleo e gás, e esta diretriz será tomada dentro da UK Energy. Temos experiência de sobra com campos maduros no Reino Unido, o que faz com que a redução de custos seja constantemente buscada no processo de exploração dessas áreas.

Como as empresas britânicas têm visto o momento vivido no Brasil?

O mercado que essas empresas encontram no país é atrativo, mas nós temos o cuidado de falar sobre a situação, mostrando que o Brasil não é um país para um dia só. É para se investir com paciência, mirando no longo prazo. Nós temos toda certeza que o país vai voltar a crescer, com novas demandas surgindo a partir disso. Até mesmo no setor de óleo e gás, especificamente, se pararmos para comparar o plano de investimentos da Petrobrás com os de outras operadoras, ainda vemos que o Brasil está bem posicionado. As empresas enxergam essas perspectivas e ficam interessadas no mercado.

Como tem sido o movimento contrário, com empresas brasileiras no mercado britânico?

Esse movimento tem sido notado, não necessariamente na área de energia, por conta da piora na economia brasileira, com empresas buscando aumentar seus mercados. Ao mirar a Europa, o Reino Unido acaba se colocando como melhor destino para recebimento de investimentos estrangeiros, como porta de entrada para entrar nesse novo mercado. Ano a ano, podemos ver o número de empresas brasileiras no Reino Unido aumentando.

Quais os resultados obtidos com a recente missão brasileira enviada ao Reino Unido?

Na realidade, foram duas missões realizadas ao mesmo tempo com brasileiros no Reino Unido. A primeira delegação estava mais focada em pesquisas para a área energética, com empresários sendo levados para centros de pesquisa, com o objetivo de compartilhamento de experiências. A segunda era composta por representantes do setor subsea nacional, com uma passagem importante em Aberdeen para o lançamento de um catálogo de tecnologia desta área, que ainda será lançado no Brasil, em breve. Ao todo, foram mais de 50 empresas que formaram a maior missão brasileira ao Reino Unido, participando da maior feira offshore do continente, a Offshore Europe.

 

 

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