INDÚSTRIA NÃO CONHECE BEM NOVO MINISTRO DE MINAS E ENERGIA, MAS TEM EXPECTATIVA POSITIVA EM RELAÇÃO ÀS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS | Petronotícias




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INDÚSTRIA NÃO CONHECE BEM NOVO MINISTRO DE MINAS E ENERGIA, MAS TEM EXPECTATIVA POSITIVA EM RELAÇÃO ÀS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS

Por Daniel Fraiha e Davi de Souza – 

Antonio Muller, presidente da Abdan

Antonio Muller, presidente da ABDAN

Há um mistério em torno da figura do novo ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho (PSB), de 32 anos, que foi eleito o deputado federal mais novo do País, aos 22, em 2006, e agora galga os degraus da Esplanada dos Ministérios, já no seu terceiro mandato consecutivo no Congresso. Nas áreas de energia e óleo e gás, ele é pouco conhecido pela indústria, apesar de já ter sido autor de projetos pontuais relacionadas ao setor, como a sugestão de investimentos no uso da mandioca para a produção de etanol, em uma proposta apresentada em 2007, que veio a ser arquivada. Ainda assim, apesar de pouco se saber sobre o nível de envolvimento e entendimento dele em relação aos segmentos, as reações dos representantes das associações e entidades de classe têm sido positivas, já que ele carrega consigo a promessa feita pelo novo presidente interino, Michel Temer, de que haverá mais espaço e mais parcerias envolvendo a iniciativa privada.

Depois de um longo período de crise na indústria, com o setor de óleo e gás passando pelo pior momento de sua história no País, a sinalização de que os investimentos serão estimulados e as empresas terão uma participação mais ativa no desenvolvimento nacional é o que mais se esperava no mercado, de forma que todas as desconfianças baixaram a retaguarda frente à indicação de caráter político para a pasta, que normalmente geraria restrições. Outro ponto importante que poderá ser levado adiante, além da retomada da atividade econômica na área de óleo e gás, é o avanço do Programa Nuclear Brasileiro, que terá um papel fundamental na matriz energética nacional nas próximas décadas, mas exige a tomada de decisões de forma urgente.

Para saber as impressões dos setores de óleo, gás e energia em relação ao novo ministro, assim como as principais reivindicações do mercado, o Petronotícias convidou alguns representantes da indústria e traz agora essas opiniões.

Antonio Muller – Presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN)

“Na visão da ABDAN, o novo ministro é bem vindo, e é importante que o novo governo seja focado na participação privada, como já estão falando, para desenvolver e incentivar os investimentos. Essa é uma postura que a ABDAN defende e tem trabalhado muito nessa linha. Inclusive desenvolvemos um documento com propostas para o programa nuclear e ele foi entregue ao novo presidente Michel Temer, ainda na época das eleições de 2014, numa reunião com ele e com o Moreira Franco. Então vemos com bastantes bons olhos essa nova fase.

No que for possível, a ABDAN vai apoiar o governo para o desenvolvimento de parcerias público-privadas para a área de geração nuclear. E, para tanto, é importante que os primeiros passos sejam tomados logo, devido à necessidade de o Brasil ter mais energia de base entre 2025 e 2030, uma vez que estudos do próprio governo indicam que essa energia não poderá ser suprida por hidrelétricas. As decisões têm que ser tomadas rapidamente para começar o planejamento de novas usinas nucleares, para que elas estejam em operação já nesse período, e a participação privada é fundamental para isso.

A primeira ação necessária é dar tranquilidade ao investidor, então é necessário criar um novo órgão regulatório forte, porque hoje a atividade de regulação é centrada na CNEN, que também tem a responsabilidade de desenvolver o mercado. Além disso, é importante começar os estudos de implantação. Os locais já foram definidos pela Eletronuclear, mas agora precisa haver a escolha e o estudo profundado dos sítios onde ficarão as usinas.”

José Adolfo Siqueira –  Presidente da Associação Brasileira, da Indústria de Tubos e Acessórios de Metal (ABITAM)

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“Sempre que ocorre uma mudança, a expectativa é que seja para melhor. O País está estagnado, com os investimentos parados. Eu considero boa a mudança e espero que o novo governo implante um controle fiscal, um ajuste de contas. Queremos ter a perspectiva de investimentos novamente para começar a gerar empregos e, assim, o País deve sair desta situação de crise. Eu espero algumas soluções no médio ou curto prazo. Se você quer um País com crescimento sustentável, vai ter que enfrentar obstáculos. Todas as reformas que serão feitas vão demandar tempo. Mas é preciso começar. A minha perspectiva é otimista.

Nós temos muitas coisas para fazer na área de infraestrutura. Precisamos retomar o crescimento na área de óleo e gás. A Petrobrás não tem como arcar com os custos de exploração sozinha. No meu ver, nós precisamos retomar o investimento e continuar na luta contra a corrupção. Como o Temer falou, o retorno da confiança não será imediato, mas vamos chegar lá.

Eu não o conheço o novo ministro. Não sei a experiência que ele tem na área de energia e de mineração. Ele precisa estar cercado de pessoas que conheçam a área, pessoas com conhecimento técnico. Acho que o Ministério deve agora remover o entulho das regulamentações. Você não pode fazer do conteúdo local uma trava de investimento. Precisamos também melhorar o Pedefor.”

Nelson Romano – Presidente da Associação Brasileira de Engenharia Industrial  (ABEMI)

“O discurso do presidente Temer, na nossa visão, foi impecável e está em linha com as medidas que queremos  no sentido de trazer o País de volta à estabilidade. Nossa expectativa é otimista.

Não conhecemos o ministro, mas esperamos que, com a experiência das pessoas que ele tenha ao seu redor, que consiga implementar as mudanças necessárias.

O que se espera é que o novo ministro faça um equacionamento da questão energética do Brasil. Precisamos destravar a energia nuclear. Na área de óleo é gás, é preciso o retorno dos investimentos. Precisamos também ter mais frequência de leiloes. Também é preciso rever a questão do operador único, principalmente no reequilíbrio econômico da Petrobrás.”

José Velloso – Presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ)

Abimaq

“A primeira coisa: a gente tem que sair dessa ciranda de queda e voltar a crescer. O setor de máquinas e equipamentos já sofre há quatro anos com o encolhimento. Hoje, nós da ABIMAQ somos 60% do que já fomos anos atrás. Antes desta retração consecutiva de quatro anos, nunca tivemos uma queda de faturamento de mais de dois anos seguidos. O sofrimento é muito grande. O que a gente precisa é fazer retornar o investimento. Mas, para isso, precisamos de um ambiente de negócios favorável. Com a taxa de juros como a atual, não teremos investimentos.

Não adianta acertar a questão fiscal com impostos. Se a indústria não consegue pagar hoje os impostos, como você vai criar novas taxas? O corte de despesas do governo é a saída. Precisamos de uma taxa de juros parecida com os países com quem concorremos . O governo precisa deixar claro a politica cambial e com regras bem definidas. O Brasil precisa ter uma taxa de câmbio que consiga equilibrar a balança.

Eu não conheço o novo ministro de Minas e Energia e não sei qual foi o motivo para sua escolha. Esta é pasta muito importante para nós. Na mineração, o ministério precisa influenciar para que a Câmara avance na questão do marco regulatório. Na parte de energia, precisamos de novos leilões, trazendo um ambiente jurídico que não traga riscos e dando mais liberdade nos editais. Precisamos de regras para que o investidor tenha certeza do retorno. No setor de óleo e gás, o que queremos é que a nova gestão da Petrobrás, caso haja de fato esta mudança, e o governo venham discutir conosco uma política de conteúdo local com seriedade. A Petrobrás precisa voltar a comprar. Os fornecedores não aguentam mais ficar sem encomenda. A atual gestão está numa posição de ‘que se lixe’ os fornecedores. E isso não é uma visão estratégica. A gente espera que a nova diretoria venha conversar com os fornecedores.”

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UM NOME SURPRESA PARA PRESIDIR A PETROBRAS O nome “MAXXON, pertence ao Dr. Marcílio Novaes Maxxon, presidente da CONPETRO, a poderosa Confederação do Petróleo. É brasileiro, fazedor, realizador, e um defensor dos interesses nacionais. Tem o apoio de todas as entidades ligadas ao segmento de Petróleo & Gás.É amigo pessoal do Presidente MICHEL TEMER. Combate a CORRUPÇÃO, e os CORRUPTOS de Plantão. Com larga experiência administrativa e política, luta pela defesa do Estado Democrático de Direito. É justo, sério e tem postura e decisão. Um Homem de Palavra. O Brasil precisa de muito mais como ele, o Brasil é a… Read more »