JUIZ SÉRGIO MORO HOMOLOGA MAIS TRÊS DELAÇÕES PREMIADAS QUE PODEM COMPLICAR A ODEBRECHT AINDA MAIS
Cada vez mais as circunstâncias vão deixando sem saída o empresário Marcelo Odebrecht nas investigações que apuram as irregularidades cometidas por ele e pela empresa que presidia, que estão sendo apuradas pelos investigadores da Operação Lava Jato. Nesta sexta-feira (22) o juiz Sérgio Moro homologou os acordos de delação premiada dos três executivos que adquiriram em 2010 o chamado “banco da propina” utilizado para a empreiteira movimentar dinheiro de pagamentos ilícitos, inclusive para o marqueteiro do PT João Santana, e que movimentou US$ 1,6 bilhão até 2014.
Marco Bilinski, Vinícius Borin e Luiz França, que atuavam no setor financeiro e trabalhavam como captadores de clientes para o banco no Brasil, vão pagar R$ 1 milhão de multa cada um e repatriar todos os bens que possuírem no exterior, pagando os impostos às autoridades brasileiras.
Com a homologação, as delações dos três executivos do setor financeiro, que se associaram a Fernando Migliaccio e Luiz Eduardo Soares, então executivos do Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht, que organizavam os pagamentos de propinas da empreiteira, poderão ser utilizadas para novas investigações sobre a complexa rede financeira de 41 offshores – empresas em paraísos fiscais – montada pela maior empreiteira do País para suprir todo esquema de corrupção na Petrobrás. O Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht foi alvo da 23ª etapa da Lava Jato, que levou à prisão do marqueteiro João Santana, sua mulher e sócia, Mônica Moura, além dos executivos do banco e que agora fecharam delação. Foi a partir da Operação Acarajé que se chegou ao núcleo dos pagamentos ilícitos da empreiteira.
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