TEMER TOMA POSSE, SE REÚNE COM MINISTROS ANTES DE IR PARA A CHINA BUSCAR NEGÓCIOS E DÁ PUXÃO DE ORELHAS EM SENADORES DA BASE DO GOVERNO
Depois de mais de três meses carregando o título de interino, Michel Temer (foto) assumiu de vez a presidência do Brasil nesta quarta-feira (31), dando um fim à era do Partido dos Trabalhadores (PT) no Palácio do Planalto. Temer assume um país ainda fragilizado economicamente, com seis trimestres seguidos de queda do PIB; além da crise política desencadeada pelas investigações da Operação Lava-Jato. Para o setor de óleo de gás, a efetivação de Temer poderá representar a concretização de mudanças que passaram a ganhar corpo durante seu governo interino. Uma delas, o fim da operação única da Petrobrás no pré-sal, segue caminhando bem na Câmara dos Deputados. O projeto, que conta com apoio do governo, deve ser votado na semana do dia 12 de setembro, de acordo com o presidente da casa, Rodrigo Maia.
Ainda esta noite (31) o Presidente Temer vai viajar para a China, onde vai passar 48 horas, depois de quase 64 horas voando, para participar pela primeira vez como presidente brasileiro no G-20. Ele quer aproveitar cada minuto desse tempo para buscar negócios para o Brasil. Já tem marcado reuniões bilaterais com o Presidente da China, no dia 2. Logo depois, antes mesmo da reunião, terá despachos especiais com os presidentes da Itália, Espanha e Arábia Saudita. Em sua primeira reunião ministerial logo após a posse, o presidente Temer pediu prioridade para criação de empregos e mostrou alguma indignação com a decisão de alguns senadores do PMDB, ligados ao governo, que defenderam a liberação da ex-presidente Dilma não perder os seus direitos políticos. Foi um recado claro numa espécie de puxão de orelhas no líder deste movimento, o próprio presidente do senado, Renan Calheiros.
Outra mudança no horizonte está relacionada à política de conteúdo local, uma das marcas da administração do PT desde a era de Lula. As normas devem passar por uma revisão para flexibilização das obrigações de contratação de fornecedores nacionais. O desafio do governo de Temer será conduzir essa revisão de forma que não prejudique a já tão combalida cadeia nacional de fornecedores. As mudanças nas regras de conteúdo local são apoiadas por importantes membros da indústria, entre eles, o presidente da Petrobrás, Pedro Parente.
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