ENERGIA NUCLEAR REPRESENTOU 10,6% DA GERAÇÃO MUNDIAL EM 2015 E SERÁ DEBATIDA EM SEMINÁRIO INTERNACIONAL NO RIO
A fonte nuclear vem sendo apontada como uma das alternativas aos combustíveis fósseis na geração de energia e em 2015 representou 10,6% da matriz global. O cenário ainda é um pouco distante do auge da fonte, atingido em 1996, quando ela chegou a representar 17,2% de toda a geração mundial, mas as projeções indicam que a fase de crescimento está voltando, com a possibilidade de alcançar até 25% da matriz em 2050. Esta previsão e outros assuntos relacionados ao setor serão o foco do VII Seminário Internacional de Energia Nuclear, que mudou seu local de realização para a sede do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio), na Rua do Senado, 213, no Centro do Rio de Janeiro, entre os dias 20 e 21 de setembro.
A discussão é extremamente relevante para o Brasil, que hoje ocupa a 5º posição no ranking mundial de reserva de urânio, com as 309 mil toneladas, representado 5,3% do total, mas está longe de ser um dos maiores produtores de energia nuclear no mundo.
No quesito reservas de urânio, ficamos atrás apenas de Austrália (28,7%), Cazaquistão (11,2%), Canadá e Rússia (8,3% cada), segundo dados do Boletim de Energia Nuclear Brasil e Mundo 2016, do Ministério de Minas e Energia. Enquanto isso, na categoria que quantifica o número de reatores nucleares de cada país, o Brasil ocupa somente a 21º posição, com duas plantas que totalizam 1.990 MW de capacidade instalada.
Entre as nações com maiores parques geradores, destacam-se os Estados Unidos, com 99 reatores, França, com 58, e Japão, com 43. Em 2015, foram iniciadas as obras de sete novas usinas e dez reatores foram conectados às suas redes, sendo oito na China, um na Rússia e um na Coreia do Sul. Ainda no mesmo período, foram desativadas sete usinas, sendo cinco no Japão, uma na Alemanha e uma no Reino Unido.
Dos reatores em operação no mundo, 88 estão com idade média no intervalo de 0-20 anos, outros 136 estão com idade média de 21 a 30 anos, e outros 217 com idade média de 31 a 45 anos. Até o final de 2015, o mundo somava 441 reatores nucleares operando em 31 países, que totalizavam 402.852 MW de capacidade instalada.
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