TCU DETERMINA BLOQUEIO DE BENS DE IESA E QUEIROZ GALVÃO

Um novo capítulo na história protagonizada pelo Tribunal de Contas da União e empreiteiras acusadas de envolvimento em esquemas fraudulentos. Desta vez, o TCU determinou nesta quarta-feira (21) o bloqueio de R$ 960 milhões das empreiteiras Queiroz Galvão e Iesa.

Ambas são suspeitas de terem praticado obras superfaturadas na Refinaria Abreu e Lima, da Petrobrás, em Pernambuco. A alegação do TCU é a mesma de casos parecidos ocorridos meses atrás. O órgão determina o bloqueio visando o ressarcimento da estatal, caso seja comprovado a prática fraudulenta nos contratos.

O processo de investigação apura se houve corrupção e fraudes nas obras de construção de trinta tubovias de interligação, no fornecimento de subestações e também na construção de um sistema de combate a incêndios.

Para o relator do processo, ministro Benjamin Zymler (foto), há suspeitas de um superfaturamento de R$ 690 milhões nestes projetos. Em valores corrigidos, o montante chegaria hoje a R$ 960 milhões.

No mês de agosto, o TCU determinou o bloqueio de bens de outras quatro empresas – OAS, Odebrecht, consórcio Conest a Odebrecht, também acusando essas companhias de corrupção em obras da Abreu e Lima. Contudo, neste mês, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, desbloqueou os bens de OAS e Odebrecht. O ministro da Suprema Corte contestou a competência do TCU de bloquear bens de empresas privadas.