IRÃ REJEITA CONGELAR PRODUÇÃO, MAS AVALIA ESTABELECER TETO DE 4 MILHÕES DE BARRIS POR DIA
As negociações globais para tentar elevar os preços do petróleo estão longe de chegar a um consenso no encontro realizado em Argel, na Argélia, depois que o Irã rejeitou na terça-feira (27) a possibilidade de congelar sua produção, como gostaria a Arábia Saudita, mas um novo caminho começou a ser avaliado nesta quarta-feira (28).
Neste quadro, o ministro iraniano do petróleo, Bijan Zanganeh (foto), afirmou que seu país poderia limitar a produção nacional a 4 milhões de barris por dia – cerca de 400 mil a mais do que a média atual, de 3,6 milhões –, mas para isso espera contrapartidas dos outros integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que congrega 14 nações.
As conversas para chegar a um acordo no cartel dos maiores produtores de petróleo no mundo têm sido desgastantes nos últimos meses, com polarizações entre Irã e Arábia Saudita, mas agora há expectativas de que se possa chegar a algum consenso até a próxima reunião da OPEP, em novembro deste ano.
Enquanto isso, as pressões nos dois países são bastante diferentes, já que o Irã vinha de anos com muitas limitações internacionais, por conta das sanções dos Estados Unidos, que foram derrubadas recentemente, e agora busca recuperar mercado e crescimento no globo. Já a Arábia Saudita vinha de anos com altos lucros devido à produção excessiva e aos preços altíssimos de petróleo, acima dos US$ 100 o barril, mas desde 2014 começou a ver seus lucros caírem drasticamente, com um barril médio de US$ 45 atualmente. O resultado foi um déficit público de US$ 98 bilhões em 2015 no país, que sempre logrou resultados positivos.
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