ANEEL DEFENDE VOLTA DE HIDRELÉTRICAS COM GRANDES RESERVATÓRIOS
Uma nova linha de defesa do governo em relação ao setor energético mira agora nas hidrelétricas com grandes reservatórios, proibidas nos últimos anos. O diretor-geral da Agência Nacional de Energia (Aneel), Romeu Rufino, colocou-se na linha de frente do tema, afirmando que o País deveria reconsiderar a aprovação de projetos do tipo.
“Essas usinas sofrem resistências por grupos específicos, mas grupos maiores da sociedade que se beneficiariam não são atingidos pelas informações dos projetos”, afirmou Rufino, em evento realizado pela Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine) em Brasília.
O executivo usou como um de seus argumentos a afirmação de que o próprio meio ambiente seria mais afetado sem os grandes reservatórios, porque dependeria mais usinas térmicas, que são mais poluentes. No entanto, ele não menciona a geração nuclear, apontada como uma solução interessante para o Brasil, já que não emite gases poluentes e poderia contar com todo o conhecimento tecnológico que o País já possui no segmento.
Ainda assim, a declaração do diretor da Aneel segue mais uma linha de proposição de discussão do que qualquer prenúncio de ação da agência, já que ela não teria o poder de deliberação sobre as usinas que venham a ser construídas – prerrogativa a cargo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Apesar disso, a exposição de Rufino mostra que essa pode ser uma nova tônica do governo de Michel Temer, que vem buscando alterações nos modelos regulatórios e maior agilidade nos licenciamentos ambientais no setor energético.
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