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FEIRA INTERNACIONAL DE QUÍMICA NO RIO DE JANEIRO IRÁ APRESENTAR TECNOLOGIAS DE BIORREFINARIAS

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –

Dieter Miers2O Rio de Janeiro será sede de um evento que irá reunir membros do mercado químico mundial. A Feira Internacional de Fornecedores da Indústria Química e de Processos (TeQ 2016) é um evento organizado pela Sociedade para Engenharia Química e Biotecnologia (Dechema), da Alemanha, e que será pela primeira vez sediado na América Latina. “O Brasil tem um potencial enorme dentro da indústria de processos. As principais indústrias químicas da Alemanha estão representadas aqui no País. O Brasil tem um know-how bastante interessante para os países da Europa“, afirmou o executivo Dieter Miers, relações internacionais Brasil-Alemanha da Dechema e organizador da feira. Miers explicou alguns temas que serão centrais no congresso paralelo à exposição de empresas, como é o caso da temática das biorrefinarias. “O Brasil domina muito bem a tecnologia envolvendo a cana-de-açúcar e existem agora algumas inovações, como a produção de biodiesel usando algas e celulose“, afirmou. O executivo explica que o objetivo é promover a relação entre a indústria de processo com outros setores da economia e citou como exemplo a descoberta de resíduos, durante a produção de biodiesel a partir de algas, que podem ser usados na indústria cosmética. Miers ainda falou que, futuramente, a depender dos resultados da TeQ, a feira poderá se unir à Rio Oil & Gas. “Quando iniciarmos com o trabalho da TeQ aqui no Brasil, talvez tenhamos uma perspectiva de retomar as negociações [com a Rio Oil & Gas]. Vai depender muito dos resultados de ambos os eventos“, explicou.

Ao que se deve a escolha do Brasil para sediar a feira?

Em 1922, a Dechema iniciou a realização de um congresso acompanhado de uma exposição de aparelhos que poderiam ser usados dentro da indústria de processo. Esse evento ficou tão forte e na última edição, em 2015, em Frankfurt, a gente teve 3.880 expositores e 170 mil visitantes. A partir dos anos de 1990, foi decidido que o evento fosse para a China. E a China recebeu uma edição. Eu, como sou brasileiro e por estar trabalhando há 20 anos na empresa, sempre tentei convencer os alemães para que trouxéssemos a filosofia do evento para o Brasil. E foi no ano passado que a gente fez o lançamento do evento aqui no Brasil, que se chamará TeQ.

É uma feira que está iniciando o trabalho aqui no Brasil. Vai ampliar no continente americano. O Brasil tem um potencial enorme dentro da indústria de processos. As principais indústrias químicas da Alemanha estão representadas aqui no País. O Brasil tem um know-how bastante interessante para os países da Europa. Além disso, o Brasil tem uma tecnologia de ponta, como é o caso da biorrefinaria e etanol. São pesquisas genuinamente brasileiras. O mundo pode aprender muito com o País nesse sentido.

Como o senhor avalia as oportunidades na área petroquímica com relação ao pré-sal?

Recentemente, eu estive analisando a qualidade do petróleo que está sendo extraído no pré-sal. As informações, que eu recebi de profissionais que estão analisando o insumo, indicam que esse petróleo vem com muita água do mar e material orgânico. Isso faz com que o processo, em termos de material para ser usado nas petroquímicas, seja de baixa qualidade.

Na sua opinião, quais são as perspectivas do setor petroquímico no Brasil?

A indústria petroquímica no Brasil é bem forte e acredito que no futuro terá um potencial bem grande. Aqui no Brasil ocorre a Rio Oil & e Gás, que vai ser realizada duas semanas antes do nosso evento. A gente já fez uma proposta de trabalhar com os dois eventos unidos, fazendo com que nossa feira se agregasse na parte de downstream. Esse tema não foi rejeitado, mas ainda não foi aceito.

Quando esta proposta deve caminhar?

Quando iniciarmos com o trabalho da TeQ aqui no Brasil, talvez tenhamos uma perspectiva de retomar as negociações. Vai depender muito dos resultados de ambos os eventos.

De que forma a crise econômica interfere na realização de um evento deste tipo?

É bom iniciar um evento destes com a questão econômica ainda em baixa, porque no momento que o PIB voltar a crescer, eu sei que cresceremos juntos. Uma feira dessas oferece oportunidade para que a indústria venha apresentar seus serviços e produtos. Isso vai colaborar com a conjuntura econômica do País. Isso é um objetivo pessoal meu: crescer junto com o Brasil. Eu tenho a possibilidade, com isso, de trazer um investimento de fora, da Europa, para o Brasil.

Um dos temas debatidos no congresso será a questão das biorrefinarias. Quais são os principais desafios deste setor no Brasil?

A biorrefinaria tem um potencial muito grande. O Brasil domina muito bem a tecnologia envolvendo a cana-de-açúcar e existem agora algumas inovações, como a produção de biodiesel usando algas e celulose. Tudo isso para o Brasil vai ser bom, porque o País tem um potencial muito grande em biomassa. A tecnologia ainda precisa ser aperfeiçoada, porque o produto final do biodiesel produzido com algas ainda não cobre os custos de produção. Mas, existem os produtos secundários desse processo de produção de biodiesel que são interessantes para outros setores, como o de cosméticos.

Quais são os principais objetivos da TeQ?

Nós vamos tentar aproximar setores distintos, mas que têm muito a ver entre si. Mesmo que você trabalhe com biorrefinaria, você pode ter algo relacionado, como disse anteriormente, com a indústria de cosmético. É para ter novas descobertas deste tipo que eu quero aproximar diferentes áreas, para que conversem entre si. Por exemplo, se alguém montou algum equipamento novo, a ideia é apresentar na TeQ para que profissionais de outras áreas conheçam a tecnologia. No parque de exposição da TeQ, serão apresentadas novas tecnologias. Já no congresso, serão discutidos vários temas.  Um deles será a questão da bioeconomia versus o uso do petróleo. Entre os convidados para este debate, estarão o Fernando Figueiredo, da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) e Milton Costa Filho, do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP).

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Romes Nagib Sabag
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Ola, sou Romes Nagib Sabag, Gerente de contratos/Planejamento da Biosul química, fabricamos o produto BDO2002, Patenteado de fabricação 100% nacional, que atua na reologia do óleo x água x Areia, o óleo pode ser reaproveitado e o produto remanejado por aditivação, por ser biologicamente correto, o descarte é simples. Temos produto, mão de obra especializada e equipamentos para a execução dos serviços, se quiser somente usar o produto, fornecemos assistência técnica , e formamos sua mão de obra. Faça uma experiência, visite nosso laboratório no Rio, traga sua amostra e lhe daremos a solução.mais rendável. . Atuamos em limpezas químicas… Read more »

Dieter
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Dieter

Oi Romes, venha visitar a TeQ de 08 – 10 de novembro de 2016 no Rio Centro. Sera um prazer conhece-lo pessoalmente e tratar sobre seus produtos e serviços. Poderemos estabelecer contatos diretamente com os expositores e profissionais da área afim.

Dieter