NOVO INQUÉRITO NA LAVA JATO ENVOLVE JOSÉ SERGIO GABRIELLI E DESVIOS NA ÁREA DE COMUNICAÇÃO DA PETROBRÁS
Mais um inquérito para purgar os malfeitos na Petrobrás. Agora, envolvendo a área de comunicação. O ex-gerente da desse setor, Geovane de Morais, afirmou à Operação Lava Jato que foi protegido e blindado pelo ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli depois de ter sido flagrado em uma sindicância interna, que identificou desvios e pagamentos sem contratos na área. Demitido em 2009 por justa causa, ele foi mantido no cargo até 2013, afastado por doença, supostamente para se evitar um escândalo no setor de comunicação, que seria controlado pelo PT.
Morais foi ouvido no dia 1º de julho, na Superintendência da Polícia Federal em Salvador, na Bahia, a pedido da força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba. O ex-gerente é figura central da apuração da Lava Jato que investiga suposto pagamento de mais de 7 milhões de reaus para a Muranno Brasil Marketing, sem contrato formal. Parte desse valor foi repassado via doleiro Alberto Youssef.
O ex-presidente José Sergio Gabrielli nega que tenha pedido para fazer qualquer pagamento à Muranno, empresa que prestava serviços dentro da Diretoria de Abastecimento. Ele também nega qualquer relacionamento politico com Geovane e afirma que não teve qualquer influencia na sua transferência da Bahia para o Rio:
“ Eu afirmo que nunca tive qualquer relacionamento com a Muranno, que soube de qualquer pagamento espúrio a ela ou que tenha pedido qualquer tipo de pagamento para ela.”
A área de comunicação segundo Geovane era comandado por sindicalistas ligados ao PT e ocultava ainda patrocínios escusos. Um deles seria os pagamentos para a Muranno. O dono da agência de propaganda apontou em depoimento à Polícia Federal, em 2015, que foi Morais que pagou por serviços sem contratação, para a divulgação da estatal em provas de Fórmula Indy, entre 2006 e 2009, nos Estados Unidos.
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