LICITAÇÃO DE FPSOs PARA SÉPIA E LIBRA PODEM TER FLEXIBILIZAÇÃO NAS REGRAS DE CONTEÚDO LOCAL

A Petrobrás de volta ao mercado. A companhia está liberando as novas regras para a contratação de dois FPSOs para os Campos de Sépia e Libra, depois de suspender o processo anterior quando já havia recebido sete propostas de consórcios interessados na construção dos dois navios. O próprio presidente Pedro Parente considerou que os preços recebidos estavam mais de 40 % acima dos preços que a  companhia  poderia pagar  no exterior, acusando a necessidade de seguir os índices de conteúdo nacional imposto pelas regras cobradas pela ANP. Neste espaço, da suspensão até o anúncio da liberação de um novo edital, houve negociações entre a Petrobrás e a própria ANP em relação aos índices. Ao que parece, chegou-se a um acordo, mas o Petronotícias não conseguiu ter uma informação precisa sobre quais os índices de conteúdo local destas novas concorrências ou mesmo se vai haver flexibilização nas regras para que a estatal brasileira contrate no exterior o que realmente tiver muita acima dos preços do mercado nacional. Essa proposta, que se soube, é a mais provável.

Na concorrência anterior, contrariando a determinação dos novos editais, as empresas concorrentes reapresentaram suas propostas mantendo algumas das ressalvas comerciais listadas nos envelopes anteriores, o que acabou gerando muita confusão, porque elas não foram aceitas pela Petrobrás. Algumas propostas não cumpriam cumprimento das exigências de conteúdo nacional. Para Libra,  Concorreram   a Modec, SBM, BW Offshore e o consórcio Bluewater/ Queiroz Galvão Naval, enquanto SBM, Modec e Bluewater/ Queiroz Galvão Naval concorreram para  Sépia. Os envelopes das duas licitações foram entregues no início de julho, mas houve o cancelamento do processo. A Petrobrás tem contratos de afretamentos com 24 plataformas de produção de petróleo, sendo 22 do tipo FPSOs e duas TLD.  Os contratos são por 20 anos. Desde 2013, 11 plataformas foram colocadas em operação. Com o mercado financeiro nervoso e apontando para juros altos, Além da dificuldade de financiamento e do desafio técnico dos projetos, as licitações de Libra e Sépia tinham alto percentual de exigência de conteúdo nacional, e isso vinha sendo visto como um dos principais entraves ao processo. Vamos esperar agora como o mercado se comportará.