ROSNEFT PODE COMPROMETER COMPROMISSO DE VLADIMIR PUTIN NA PRÓXIMA REUNIÃO DA OPEP
Uma voz rebelde, que vai de encontro ao que o presidente da Russia disse em apoiar o corte de produção de petróleo na próxima reunião da OPEP, em 30 de novembro. Uma decisão polêmica, que vai dar o que falar a partir de agora. Igor Sechin (foto), executivo do petróleo mais influente da Rússia e presidente da estatal de energia Rosneft, disse que sua empresa não vai limitar a produção de petróleo como parte de um possível acordo com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo. Seus comentários sublinham como é difícil para a Rússia fazer suas companhias petrolíferas congelarem ou reduzirem a produção como parte de um possível acordo com a OPEP, a fim de apoiar a elevação dos preços do petróleo.
O presidente Vladimir Putin disse em um congresso de energia na segunda-feira (10) que a Rússia estava pronta para se juntar à OPEP na proposta de reduzir de um milhão a um milhão e meio de barris diários para elevar o preço do barril. Sechin, conhecido por sua posição anti-OPEP, disse em Istambul que responde por 40 por cento da produção de petróleo bruto da Rússia, e que não quer reduzir a sua produção. Ao contrário, disse a que a Rosneft planejava para este ano aumentar sua produção de petróleo, a maior entre os produtores mundiais, acima de 4,1 milhões de barris por dia. Sechin disse que duvida que alguns países da Opep, como Irã, Arábia Saudita e Venezuela, irão cortar sua produção.
A produção de petróleo da OPEP pode atingir o seu índice mais alto na história recente, com o Iraque impulsionando as exportações e o norte da Líbia reabrindo alguns de seus principais terminais de petróleo. Houve várias tentativas no passado para que a Rússia e a OPEP a unissem forças para estabilizar os mercados de petróleo. A indústria de petróleo da Rússia tem argumentado por anos que ele não pode cortar a produção para suportar a queda dos preços globais por razões puramente técnicas ligadas ao clima na Sibéria. A Rússia bombeou o recorde de 11,1 milhões de barris por dia no mês passado, graças a uma recuperação dos preços do petróleo que desencadearam atividade de perfuração de exploração.
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