FIRJAN FAZ UM RAIO X DA INDÚSTRIA NAVAL DO RIO E APRESENTA PROPOSTAS PARA REVITALIZAÇÃO DO SETOR
O que o Rio de Janeiro precisa para melhorar a sua indústria naval ? Foi esta pergunta que motivou a FIRJAN a apresentar um trabalho bastante avançado mostrando um panorama naval no Estado. Um mapa naval. O trabalho foi mostrado nesta quinta-feira (13) na Representação Regional FIRJAN Leste Fluminense, em Niterói. O mapa naval aponta informações sobre o cenário fluminense com temas sobre ganhos de competitividade com a concessão das dragagens portuárias, ambiente de negócios propício para a indústria naval e oportunidade para desenvolvimento da cadeia produtiva, além de informações sobre construção, manutenção e reparo naval para a retomada da indústria.
O trabalho mostra ainda que o cenário atual exige a capacidade de coordenação e atuação conjunta, com envolvimento de várias as partes interessadas a executar ações que permitam o fortalecimento do setor. De acordo com Karine Fragoso, gerente de Petróleo e Gás do Sistema Firjan, é muito importante essa reunião com a presença de diversas organizações e olhares sobre o mesmo setor.
“O que vimos hoje aqui é que há um consenso geral de que temos um problema para ser resolvido e que existem condições de resolver. Para isso, precisamos de um grande pacto da sociedade pra não perdermos tudo que foi feito na década passada. Também é necessário um processo que favoreça o setor produtivo e não um processo nocivo ao setor produtivo, que é o que temos hoje. Somente com a união de forças temos chance de conseguir construir um caminho único de solução para essa indústria”.
O estudo aponta, ainda, cinco propostas e 10 diretrizes para a indústria naval, que estão no Mapa do Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro 2016-2025. As ações incluem os estaleiros e os fornecedores de bens e serviços, com o objetivo de contribuir para o fortalecimento do segmento. Nas diretrizes estão a criação de um ambiente favorável de negócios; promoção da melhoria da infraestrutura; construção de uma agenda de recuperação do setor; promoção da engenharia naval nacional, do desenvolvimento tecnológico e da inovação; e desenvolvimento e implantação de governança corporativa, contemplando todos os atores vinculados ao mercado naval.
Entre as propostas do documento estão a alteração do marco legal da inovação, visando o maior incentivo à pesquisa, desenvolvimento e inovação; e a suspensão da cobrança de ICMS em compras de insumos fluminenses para fabricação de produtos para exportação (drawback), evitando que o produto importado – isento de cobrança de ICMS – tenha preferência sobre a produção do estado. A duplicação do canal de acesso e aprofundamento das bacias de evolução e fundeadouros do Complexo Portuário da Baía de Sepetiba; e realização da dragagem de aprofundamento e manutenção dos canais de acesso, berços de atracação, bacias de evolução e fundeadouros do complexo portuário da Baía de Guanabara, formado pelos portos do Rio de Janeiro e de Niterói e pelos terminais privativos localizados na baía.
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