JANOT DENUNCIA FERNANDO COLLOR POR DESVIOS DE DINHEIRO DA BR DISTRIBUIDORA E QUER DE VOLTA R$ 154 MILHÕES
O Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, denunciou o ex-presidente Fernando Collor de Melo de ter recebido ao menos 29 milhões de reais em propinas entre 2010 e 2014 referentes a dois contratos da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobrás. Essa é uma das revelações conseguidas pelas investigações da Operação Lava Jato. É também palco de um esquema de corrupção e loteamento de cargos políticos igual ao que ocorreu na estatal. O senador é acusado 30 vezes do crime de corrupção passiva, 376 vezes pelo de lavagem de dinheiro e 48 vezes por peculato. A Procuradoria pede ainda a reparação dos danos materiais e morais supostamente causados pelas condutas dos denunciados, no valor de 154,75 milhões de reais e a decretação da perda, em favor da União, dos bens e valores objeto da lavagem de dinheiro, judicialmente apreendidos ou sequestrados, no valor de 30,9 milhões de reais.
Segundo a acusação revelam que as propinas estão relacionadas a um contrato da BR Distribuidora em troca de bandeira de postos de combustível com a empresa Derivados do Brasil (DVBR), e a um contrato de construção de bases de distribuição de combustíveis firmados entre a BR Distribuidora e a UTC Engenharia.
Também foram denunciados Caroline Serejo Medeiros Collor de Melo, mulher do senador; Luís Pereira Duarte de Amorim, apontado pelos investigadores como ‘testa-de-ferro’ de Collor; o empresário Pedro Paulo de Leoni Ramos, suposto ‘operador particular’ do senador; Luciana Guimarães de Leoni Ramos, mulher de Pedro Paulo; os assessores parlamentares Cleverton Melo da Costa, Fernando Antônio da Silva Tiago, William Dias Gomes e Eduardo Bezerra Frazão, diretor financeiro da TV Gazeta de Alagoas. Os denunciados respondem pelo crime de organização criminosa.
Além da condenação criminal, Rodrigo Janot pede a decretação da perda da função pública para os detentores de cargo ou emprego público ou mandato eletivo, principalmente por terem agido com violação de seus deveres para com o Poder Público e a sociedade.
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