FLUXCON ESPERA CRESCIMENTO DE 25% EM 2017 E BUSCA QUALIFICAÇÃO PARA SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO JUNTO À SBM
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
O ano de 2016 vai caminhando para o seu fim e as empresas do setor de óleo e gás já começam a desenhar os planos e estratégias para o próximo ano, a fim de buscar alternativas para a retomada dos negócios. Muitas empresas fornecedoras estão à espera de projetos importantes, como os FPSOs de Sépia e Libra, que estão sendo vistos como parte importante para virar a página da crise na indústria nacional. A Fluxcon está na expectativa com possíveis contratos para estas duas unidades, segundo o diretor da companhia, Maurício Bonzanini. “Nós vivemos um momento de espera no Brasil. Nossa grande expectativa gira em torno dos FPSOs de Libra e Sépia. Nós temos alguns orçamentos não só para a Modec, mas para outras empresas que disputam a construção dessas plataformas”, afirmou o executivo. Para 2017, Bonzanini espera que a Fluxcon tenha um crescimento de 25%. A companhia está empenhada em divulgar no mercado o porta placa, produto usado para fazer medição fiscal de plataformas. Além disso, o executivo revelou que a empresa já está em negociação para qualificação junto à SBM, tendo por objetivo fazer manutenção de trechos fiscais da companhia holandesa.
Como a empresa está se posicionando atualmente no mercado de óleo e gás?
O objetivo da empresa é apresentar o porta placa, que é um produto que faz a medição fiscal da plataforma. Nós estamos investindo há mais de três anos neste sentido. Já somos homologados na Petrobrás e somos, praticamente, o único fabricante nacional qualificado. A gente sabe que futuramente teremos as plataformas surgindo, não apenas as plataformas, mas também as manutenções das plataformas existentes. Nossa expectativa é muito grande. Participamos da Rio Oil & Gás e nosso estande ficou movimentado. Ouvimos várias ideias sobre conteúdo local que foram citadas pelo presidente da Petrobrás, Pedro Parente. Isso tudo deixou os empresários muito animados.
De que forma o senhor analisa as mudanças relacionadas ao conteúdo local?
Cada vez mais o empresariado brasileiro briga por isso, porque o Brasil hoje tem produtos qualificados. Ouvi um especialista dizendo que a grande dificuldade do Brasil é o prazo de entrega e a qualidade de alguns produtos. Mas o País hoje já tem capacidade para isso. E as novas plataformas que vão surgir capacitarão os fabricantes nacionais e aumentarão a mão de obra local.
Em quais projetos a Fluxcon está envolvida atualmente?
Estamos entregando alguns projetos das plataformas P-43 e P-48. São 32 trechos de medição fiscal. E estamos trabalhando para Líbia e Sépia, que todos estão esperando para o ano que vem. E também em algumas manutenções locais.
Além da Petrobrás, quais são os clientes mais importantes atualmente?
A Modec e a SBM também são clientes muito importantes. Aliás, já estamos fazendo nosso cadastro junto à SBM para poder qualificar nosso produto com a empresa. Existe a intenção para trazer a SBM para o nosso lado para fazer manutenção dos trechos fiscais desta empresa.
Qual o planejamento da empresa para crescer dentro do setor de petróleo e gás?
Nós vivemos um momento de espera no Brasil. Nossa grande expectativa gira em torno dos FPSOs de Libra e Sépia. Nós temos alguns orçamentos não só para a Modec, mas para outras empresas que disputam a construção dessas plataformas. Eu acredito que a nossa perspectiva para o ano de 2017 é de um crescimento de 25% da empresa. Porque temos um produto relativamente novo no mercado, que é o porta placa.
Quando este produto foi lançado?
O porta placa existe já há três anos, mas ainda é um produto recente ainda. O mercado já está acreditando no nosso produto hoje. A Petrobrás utiliza, a SBM está utilizando, a Modec e a PetroRecôncavo também.
Qual a expectativa no médio e longo prazos da empresa para o setor de óleo e gás?
A sensação que temos hoje é que teremos uma retomada de mercado no próximo ano. Acreditamos no reaquecimento por causa de Libra e Sépia. A expectativa é muito grande para a retomada de negócios.
Além de Libra e Sépia, a empresa está mirando em quais horizontes?
Nós estamos sabendo que terão alguns contratos globais da Petrobrás, e a gente provavelmente vai participar dessas licitações. E como somos uma empresa com os trechos retos e também o porta placa, acreditamos num aporte muito grande desse produto no próximo ano. O porta placa faz a medição fiscal da plataforma. Segundo dados da ANP, existem entre 5 e 6 mil porta placas instalados no Brasil. Ele é como um hidrômetro. Os operadores precisam fazer a medição fiscal da plataforma, ou seja, tudo que sai passa pelo porta placa para ser feita a medição. E isso é regulamentado pela ANP.
Qual o diferencial deste produto?
Nós fizemos um conjunto de 17 mudanças no nosso produto em relação às opções que existem no mercado. Essas alterações trouxeram grande confiança do mercado. A aceitação está sendo muito grande.
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