OXITENO AMPLIA LINHAS DE PRODUTOS E INVESTE EM EXPANSÃO INTERNACIONAL
Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) –
A Oxiteno, controlada pelo grupo Ultrapar, vem ampliando sua atuação em duas frentes e acredita que o ano de 2017 será de crescimento mesmo no cenário ainda conturbado da indústria de óleo e gás mundial, com os preços do barril oscilando em uma faixa baixa. A primeira aposta da companhia é o lançamento de novas linhas de especialidades químicas, enquanto a segunda se concentra na expansão internacional. O diretor de óleo e gás da Oxiteno, Alexandre Mesquita, afirma que estão mais confiantes com o horizonte do mercado brasileiro, devido às últimas mudanças que vêm sendo divulgadas no País, e também preparam um roadshow dos novos produtos por outros países, com foco maior em Estados Unidos, México, Argentina. “Obviamente que a gente depende do sucesso dos nossos clientes para que possamos ser bem sucedidos, mas temos vários projetos significativos em vista, que poderiam fazer uma diferença importante. Então a expectativa, tanto no Brasil quanto no mercado internacional, é crescer”, diz.
Como está o momento da indústria brasileira para a Oxiteno?
Como estamos expandindo nossa linha de produtos, o mercado brasileiro está bastante atrativo. É um momento extremamente interessante. Tínhamos já um posicionamento significativo no mercado e agora, com o lançamento de novas linhas, como a de quebradores de emulsão e a de inibidores de corrosão, para a área de produção de petróleo, vemos abrir-se um leque ainda maior de oportunidades na região.
O Brasil passou por um momento de grande pessimismo e, apesar de os indicadores ainda não terem melhorado efetivamente, houve uma mudança em termos de postura do mercado em relação ao futuro. Você acredita que as perspectivas melhoraram? Como está vendo esse período?
Acho que sim. Esse novo posicionamento do setor, com racionalização dos investimentos e previsão de novos aportes, traz confiança. O mercado está muito mais confiante. O próprio aumento do preço do petróleo traz um alento, e as mudanças na legislação que vemos ocorrendo no Brasil são sinais de melhoria. Vemos isso com bons olhos.
Em relação a essas novas linhas lançadas, como está sendo o trabalho de busca de novos negócios?
Nosso trabalho é sempre de mostrar como nosso produto pode trazer um benefício ao cliente final, que são as prestadoras de serviços. A linha de inibidores de corrosão, por exemplo, é robusta, competitiva. Essa linha de produtos não é nova em termos de matérias primas, mas parte dela é composta por produtos que têm uma performance diferenciada.
Quais são os diferenciais dela?
É uma linha melhorada. São produtos que hoje não estão sendo comercializados no mercado internacional. Nós desenvolvemos dois especificamente com uma performance diferenciada em termos de aplicação, com resultados de inibição de corrosão superiores ao que se costuma ver normalmente.
E foram desenvolvidos no Brasil?
Sim. Fizemos o lançamento oficial na Rio Oil&Gas e agora começamos investindo também no mercado internacional, porque todos os nossos clientes têm essa característica. Então o próximo passo é fazermos um roadshow para desenvolver o produto no exterior.
Como estão as operações da Oxiteno no mercado americano e internacional como um todo atualmente?
O mercado internacional é extremamente importante para a Oxiteno. Tínhamos uma atividade relativamente tímida neste cenário, sendo que boa parte do que fazíamos em termos de óleo e gás era muito focado no Brasil, mas há cerca de dois anos a gente vem ampliando esse horizonte de atuação. Obviamente o mercado americano é muito atrativo em função da dimensão dele, porque produz muito mais petróleo e gás do que as demais áreas da América Latina. É um mercado muito significativo, mas não é o único em que estamos fora do Brasil. Estamos expandindo as atividades na Argentina, na região Andina, no México – com a reforma energética –, ou seja, o nosso foco em desenvolver o mercado de óleo e gás para as Américas é muito claro.
Vocês já têm unidades na Argentina e no México?
A gente não tem unidade fabril na Argentina, mas temos uma no Uruguai, que poderá suportar muito mais as atividades na Argentina, onde já temos um escritório comercial há 10 anos. O que estamos fazendo mais é ampliar a equipe técnica e comercial no mercado de lá.
É uma expansão das atividades onde vocês já tinham atuação ou também estão fazendo novas apostas?
A atuação é tanto técnica quanto comercial na Argentina, na região andina, no México e eventualmente até alguma coisa em outros países daquela região, próximos à Colômbia, assim como, obviamente, os Estados Unidos. Ou seja, temos uma ampla atuação internacional, com uma equipe dedicada, e também estamos ampliando o horizonte de aplicações. Estávamos muito focados em uma linha limitada de produtos anteriormente. Com a ampliação dessa linha, também estamos expandindo para outras atividades, como fraturamento hidráulico, por exemplo. Então é uma ampliação do escopo de região e também de aplicações.
Onde estão as unidades fabris da empresa hoje?
Temos seis unidades fabris no Brasil, uma no Uruguai, três no México, uma na Venezuela e uma em expansão nos Estados Unidos.
Também estão buscando o mercado europeu ou o asiático?
Neste momento, nossa única expansão em análise, que ainda está muito em fase de estudo, seria uma ampliação para o mercado asiático, mas com alguma parceria. No entanto, ainda é muito incipiente para falar sobre isso.
Quais as perspectivas para 2017 no Brasil e no exterior?
A perspectiva é que, ainda num mercado conturbado, tenhamos crescimento. Estamos muito empolgados e temos muitas oportunidades. Obviamente que a gente depende do sucesso dos nossos clientes para que possamos ser bem sucedidos, mas temos vários projetos significativos em vista, que poderiam fazer uma diferença importante. Então a expectativa, tanto no Brasil quanto no mercado internacional, é crescer.
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