GOVERNO DE SÃO PAULO DESENVOLVE NOVO PLANO DE ENERGIA E PREVÊ FORTE EXPANSÃO DO SETOR DE GÁS NATURAL ATÉ 2030
O governo de São Paulo está desenvolvendo um novo plano de energia para o estado com o ano de 2030 como horizonte, e prevê lançá-lo oficialmente em junho de 2017, após uma série de reuniões, que já foram iniciadas, incluindo o Conselho Estadual de Política Energética (Cepe).
Um dos focos do planejamento, segundo o presidente do Cepe e secretário de Energia e Mineração de São Paulo, João Carlos Meirelles (foto), é o gás natural, identificado como energia de base para a transição da matriz para as energias renováveis.
As projeções do comitê técnico para 2029 apontam uma forte expansão de gás canalizado no estado de São Paulo, que prevê dobrar o número de municípios atendidos, passando dos atuais 143 para 285, o que compreenderia 44% das cidades paulistas, atendendo 5,2 milhões de clientes.
Esse crescimento demandaria um investimento por parte das distribuidoras de R$ 12,8 bilhões nos próximos anos, levando a atual rede de distribuição dos atuais 16 mil quilômetros para 45 mil nos próximos 13 anos, de modo a atingir um consumo de mais de 18 milhões de metros cúbicos de gás por dia no estado.
Esse montante poderá ser utilizado por novas termelétricas a gás. Atualmente, existem três termelétricas no Estado e há projeto de outras três, sendo duas na capital e uma em Lins, que poderão fornecer no futuro energia na base do sistema elétrico dando segurança energética para o estado de São Paulo.
Outro projeto destacado pelo comitê de Petróleo e Gás é o de fomentar o uso do biometano produzido nas usinas de cana de açúcar. Segundo o estudo do comitê, 54 usinas já despacham energia elétrica para o sistema interligado nacional, e até 2029 outras 40 usinas poderão se conectar ao sistema.
Além de fornecer energia elétrica, essas usinas poderão aumentar o despacho de biometano em até 1 milhão de metros cúbicos por dia, com a possibilidade de utilizar na frota de caminhões, máquinas e equipamentos.
O governo paulista deveria também focar na produção de fertilizantes tão caro quando importamos, e também combater, veementemente, as atitudes da Petrobras tomadas por Pedro Parente, ao vender os dutos para multinacionais alhures que encarecerão, e muito, o preço do transporte de gás e, consequentemente. os custos industriais e residenciais.