GOVERNO TENTA ATRAIR IRÃ E ÍNDIA PARA RETOMADA DA REFINARIA PREMIUM I, NO MARANHÃO
O Maranhão pode voltar a sonhar com uma refinaria para chamar de sua. Enquanto o Comperj, no Rio de Janeiro, e a Rnest, em Pernambuco, estão longe de serem concluídas como foram planejadas, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho (foto), se reúne com lideranças do setor de óleo e gás do Irã e da Índia em busca de investimentos para retomar o projeto da refinaria Premium I, que seria construída pela Petrobrás em Bacabeira (MA), mas acabou cancelada pela estatal junto com a Premium II, que seria feita no Ceará.
O movimento de retomada do projeto tem sido liderado por políticos locais, que ansiavam pelos investimentos que movimentariam a economia do Maranhão, mas acabaram frustrados com o cancelamento. No entanto, o governo federal ainda tem evitado tratar publicamente do assunto, afirmando apenas que as reuniões do ministro no Irã e na Índia tratariam de assuntos relativos a parcerias em projetos de refino e biocombustíveis, sem detalhá-los.
A expectativa, porém, é conseguir parceiros de peso para aportarem os recursos necessários para levar adiante a construção da refinaria, que chegou a consumir R$ 2,111 bilhões dos cofres da Petrobrás antes de a empresa cancelar o projeto.
Caso os investidores internacionais se interessem, a parceria vai casar com o atual planejamento da estatal divulgado por Pedro Parente nos últimos meses, que prevê investimentos totais de US$ 40 bilhões provenientes de sócios em seus projetos nos próximos anos.
Para a refinaria Premium I, os valores ainda são uma incógnita, ainda mais depois das previsões feitas inicialmente nos projetos de outras refinarias nacionais, que destoaram fortemente dos números finais, como foi o caso da Rnest, que chegou a ser orçada em US$ 2,3 bilhões, mas nas últimas contas já tinha sua construção avaliada em mais de US$ 18 bilhões.
Ainda assim, a expectativa dos políticos locais é que a nova empreitada gere investimentos de US$ 3 bilhões dos grupos internacionais. Mas, para isso, provavelmente o tamanho da refinaria teria que ser revisto, já que o projeto inicial previa uma unidade com capacidade para processar 600 mil barris por dia, mais do que qualquer outra refinaria brasileira em operação hoje.
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