EMPRESAS REAGEM, ENTRAM NA JUSTIÇA E PEDEM INDENIZAÇÕES POR FECHAMENTO DE USINAS NUCLEARES NA ALEMANHA
A decisão do governo alemão em acelerar o fechamento de usinas nucleares no país, motivado pelo tsunami no japão que destruiu a usina de Fukushima, pode sofrer um grande revés. O Tribunal Constitucional da Alemanha decidiu que esta decisão violou alguns direitos de propriedade e pode abrir o caminho para reclamações de danos pelas empresas de serviços públicos, criando um grave embaraço nas relações institucionais.As empresas E.ON, RWE, EnBW e a Vattenfall, por exemplo, já interpuseram ações judiciais contra várias políticas governamentais, incluindo sua decisão de encerrar a energia nuclear até 2022.
As ações judiciais dessas empresas estão concentradas no mais alto tribunal da Alemanha contra a decisão do governo. O Tribunal Constitucional decidiu, em 6 de dezembro, que a saída nuclear acelerada violava em parte a lei alemã e que as concessionárias tinham direito a compensação por investimentos feitos de boa fé. A E.ON está pedindo por 8 bilhões de euros de indenização. RWE não falou sobre as suas reivindicações, mas analistas estimam que poderia ser de cerca de 6 bilhões de euros.
A Vattenfall, com sede na Suécia, também entrou com uma ação judicial contra o Centro Internacional de Solução de Diferenças de Investimentos, com sede em Washington, onde busca 4,7 bilhões de euros em danos. A Vattenfall espera uma decisão ainda em 2017. Como EnBW é maioria estatal, não tem processado o governo sobre esta questão. Em Abril deste ano, um tribunal regional alemão rejeitou um pedido de indenização por parte da EnBW contra o Estado de Baden Wuerttemberg, no qual pediu 261 milhões de euros de indenização pelo fechamento dos reatores Neckarwestheim 1 e Philippsburg 1.
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