FEIRA NO TURCOMENISTÃO COMEÇA A DISCUTIR INVESTIMENTOS GIGANTESCOS PARA CONSTRUÇÃO DE NOVOS GASODUTOS

TURCOMENISTÃO – Começou nesta quarta-feira (7) uma das mais importantes feiras de petróleo e gás do oriente. A OGT do Turcomenistão, um país pequeno, riquíssimo e um  dos maiores produtores de gás do mundo. O Turcomenistão detém a quarta maior reserva provada de gás natural do planeta, com 17,5 trilhões de m3.  Em 2014, a produção foi de 76,3 bilhões de m3, com exportação de 46,8 bilhões de m3 (cerca de 60% da produção). Os clientes foram China (26 bilhões), Rússia (11 bilhões) e Irã (9 bilhões). Hidrocarbonetos representam 90% das vendas externas turcomenas (gás natural 80% e petróleo 10%).  A feira aqui não é grande, mas reúne os mais importantes players mundiais do setor,  principalmente do segmento de gás,  e decididamente tornou-se a mais importante do ano deste setor.

Profissionais do mundo inteiro – e quase nenhum brasileiro – estarão conhecendo até amanhã (8) em seus pavilhões especiais alguns equipamentos especiais e algumas palestras que estão sendo realizadas. A estrutura, de um modo geral, chama atenção pela sofisticação  e funcionalidade.  Hoje e  amanhã o Petronotícias enviará as informações direto daqui, onde parece não haver qualquer crise na indústria do petróleo.

Um dos assuntos que mais se discute nesta feira são os projetos de construção de novos gasodutos internacionais com origem do fornecimento de gás a partir do Turcomenistão com destino à Índia, num projeto absolutamente especial com quase 4 mil quilômetros. Este gasoduto cortará também o Afeganistão e o Paquistão, cruzando inclusive cadeias de montanhas gigantescas. Um projeto, que pela dificuldade de sua construtibilidade, jamais foi feito no mundo, até agora.

A busca por novos mercados e por investimentos desta ordem acontece também pela nova estratégia da Rússia, enquanto cliente do gás turcomeno, que vem reduzindo ultimamente os volumes comprados. O Irã, por sua vez, é um cliente e, ao mesmo tempo, competidor, pois tem reservas superiores às turcomenas e deve começar a construir em breve, com financiamento chinês, um gasoduto ligando seu território ao Paquistão. Nessas circunstâncias, a busca de novos clientes, sobretudo na Europa Ocidental e na Índia,  é prioridade turcomena, inclusive mediante a construção, no Cáspio e no Mar Negro, de terminais de GNL.