PETROBRÁS NEGOCIA VENDA DE CAMPO NO GOLFO DO MÉXICO

A decisão do TCU de suspender a venda de ativos da Petrobrás não paralisou todas as negociações em curso, e uma das transações que segue adiante é na área internacional, para a venda do campo de Saint Malo, no Golfo do México, onde a estatal tem uma participação de 25%.

A área – contígua ao campo de Jack, com que divide uma unidade de produção – tem uma produção relevante. Somados, os dois campos produzem uma média de 61 mil barris de petróleo e 10 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, de acordo com dados de 2015, que apontavam ainda um potencial de reservas exploráveis de 500 milhões de barris de óleo e gás nos dois prospectos.

A Petrobrás tem como sócios na área a ExxonMobil, a Eni, a Statoil e a Chevron, sendo que esta última é responsável pela operação.

O valor pela participação no campo ainda está sendo tratado sob sigilo, mas a decisão de saída do negócio reforça a estratégia de focar as atenções da empresa no mercado brasileiro, com destaque para o pré-sal.

No entanto, a companhia também tem colocado no plano de desinvestimentos ativos localizados na província petrolífera, como no caso de Carcará, considerada umas das maiores descobertas mundiais dos últimos tempos, que foi vendida por US$ 2,5 bilhões para a Statoil.

A suspensão do TCU, apesar de não ter incluído os ativos já vendidos e outros cinco em negociação final, acabou afetando o processo de alienação do controle da BR Distribuidora, que agora deverá levar mais tempo para ser concretizado. Neste caso, ainda há o agravante de uma liminar da justiça de Sergipe, que proíbe inclusive a continuidade de conversas sobre o assunto com potenciais compradores.