NUCLEP CONCLUI PRIMEIRO CASCO DE SUBMARINO TOTALMENTE CONSTRUÍDO NO BRASIL
A parceria da França com o Brasil na construção de submarinos está rendendo frutos. A Nuclep, que ficou responsável por tocar os projetos no País, acaba de concluir o primeiro casco de uma unidade totalmente feito no território nacional, após a transferência de tecnologia francesa, prevista no acordo firmado em 2008 entre os dois países.
A entrega da última seção do casco, chamada 2A, de um total de cinco, foi feita nesta semana, para a composição do segundo submarino da frota acordada no Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub). A unidade, Humaitá (SBR-2), é uma das quatro convencionais do tipo diesel-elétrico previstas pelo programa, que inclui ainda o primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear (SN-BR).
De acordo com a Nuclep, encarregada da construção dos cascos resistentes dos submarinos, a parte estrutural considerada mais complexa, especialistas de diversas áreas, como engenharia e soldagem, foram enviados à França para conhecer as técnicas de construção da Marinha daquele país.
“Esse é um trabalho realizado em poucos lugares do mundo, e nós conseguimos fazer com qualidade”, destacou o diretor industrial da Nuclep, Liberal Zanelatto.
A seção 2A, entregue agora, é a maior, com 18,292 metros de comprimento, 6,2 metros na parte de vante e 5,74 na parte de ré. O peso total da seção é de 120 toneladas.
O casco começou a ser construído em setembro de 2013, com o corte da primeira chapa, e a expectativa é que os quatro submarinos de propulsão convencional estejam prontos no período entre 2017 e 2023, enquanto que o de propulsão nuclear deverá ser concluído entre 2023 e 2025.
Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), apenas cinco países no mundo dominam a tecnologia para construção de submarinos nucleares: China, Estados Unidos, França, Inglaterra e Rússia.
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