MOSAIC PAGA US$ 2,5 BILHÕES POR ATIVOS DE FERTILIZANTES DA VALE
A Vale entrou na onda da Petrobrás e começou a vender novos ativos bilionários. A mineradora presidida por Murilo Ferreira (foto) fechou um acordo de US$ 2,5 bilhões com a americana Mosaic Company, para vender seu negócio de fertilizantes, com a exceção dos ativos de nitrogenados e fosfatado em Cubatão no Brasil.
O pacote inclui todos os outros ativos de fosfatados e potássio no Brasil, incluindo o projeto de Carnalita; a participação da Vale em Bayóvar, no Peru; e um projeto de potássio no Canadá (Kronau); além de ter um projeto de potássio no Rio Colorado em processo de due dilligence com a Mosaic, que ainda precisará dar o aval para a inclusão deste ativo.
“Os ativos localizados em Cubatão, que são dedicados, principalmente, à produção de nitrogenados e que registraram um Ebitda ajustado de US$ 108 milhões em 2015, serão separados da Vale Fertilizantes. A Vale espera explorar a venda dos ativos de Cubatão em 2017”, explicou a empresa em nota.
A negociação ficou dividida em duas parcelas, sendo US$ 1,25 bilhão pagos em dinheiro e US$ 1,25 bilhão em aproximadamente 42,3 milhões de ações ordinárias a serem emitidas pela Mosaic, cerca de 11% do total de ações ordinárias em circulação da Mosaic.
Essas ações da Mosaic emitidas para a Vale não poderão ser transferidas por dois anos após a conclusão da transação, sendo que a mineradora brasileira terá o direito de indicar dois membros do conselho de administração da Mosaic.
A conclusão da transação deve acontecer no final de 2017 e está sujeita à separação dos ativos de Cubatão da Vale Fertilizantes; ao cumprimento de condições precedentes usuais, incluindo a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e de outras autoridades antitruste; e outros pontos operacionais e regulatórios.
Mais uma desnacionalização logo num setor importante para o nosso agronegócio e que o Brasil é absolutamente carente. Continuaremos com preços ditados por quem detém os ativos. Expectativa de alta de preços e aumento de custos do agronegócio.