CONSUMO DE GÁS NATURAL SOBE NOVAMENTE, PARA 65 MILHÕES DE METROS CÚBICOS POR DIA, MAS INDÚSTRIA REDUZ DEMANDA
O consumo de gás natural voltou a subir no mês de outubro deste ano, chegando a 65,07 milhões de metros cúbicos por dia, 3,3% a mais do que em setembro, segundo o boletim mais recente publicado pela Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás).
Os dados mostram, no entanto, que o consumo industrial esteve em queda, de 0,98%, fruto da crise que impacta fortemente o País. As comparações com 2015 mostram que a situação ainda está longe do que foi no ano passado, quando a realidade já não era boa.
Para se ter ideia, em comparação com setembro de 2015, a queda foi de 14,2% no consumo total e 10,2% no consumo industrial.
Já em relação a setembro deste ano mesmo, se forem considerados apenas os segmentos industrial, automotivo (GNV), comercial, residencial, cogeração e matéria-prima, a retração é de 6,9%.
“A desaceleração econômica do País continua afetando o consumo de segmentos mais sensíveis a esse cenário, como o industrial e o de geração elétrica. Mesmo assim, as distribuidoras não deixaram de investir e o volume médio no acumulado de janeiro a outubro de 2016 nos segmentos residencial, comercial e automotivo já supera a média do ano inteiro de 2015, um sinal de como as pessoas e os empreendedores cada vez mais veem o gás natural como uma solução energética competitiva, prática, eficiente e segura”, afirma o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon.
No mercado residencial, o consumo cresceu 1,7% em outubro na comparação com o mês anterior e 30,5% frente a outubro de 2015; enquanto que no segmento comercial a alta foi de 1,3% ante setembro e de 6,4% frente aos números de outubro de 2015.
Já o consumo de Gás Natural Veicular (GNV) no setor automotivo manteve-se praticamente estável em relação ao mês anterior, com uma ligeira alta de 0,5%. Na comparação com o mesmo período de 2015, o crescimento é de 5,3%.
Na cogeração, a alta foi de 5,4% em outubro ante setembro. Na comparação com mesmo período do ano anterior, o levantamento da Abegás registra recuo de 4%, outro indicativo da desaceleração econômica do País.
Na geração elétrica, houve uma retração de 4% em outubro em relação a setembro. No acumulado do ano, a retração foi de 43,7%, apontando que a desaceleração da economia e da indústria seguem impactando o segmento.
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