UGANDA E TANZÂNIA INVESTEM 4 BILHÕES DE DÓLARES NA CONSTRUÇÃO DO MAIOR OLEODUTO DA ÁFRICA | Petronotícias




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UGANDA E TANZÂNIA INVESTEM 4 BILHÕES DE DÓLARES NA CONSTRUÇÃO DO MAIOR OLEODUTO DA ÁFRICA

oleodutoUganda e Tanzânia vão começar em agosto a construção do maior  oleoduto da África. São mais de 1.400 quilômetros dutos que serão instalados nos dois países para transportar a produção de Uganda. É um projeto avaliado inicialmente para US$ 4 Bilhões. A construção é a partir de Lake Albert-Kabaale, em Uganda, para Tanga Port, na Tanzânia. O anúncio foi feito pela  Tanzânia Petroleum Development Corporation (TPDC). O oleoduto levará três anos para ser concluído.  Uganda, terá o suporte  de companhias petrolíferas internacionais.

Durante a fase de construção cerca de 10 mil  pessoas irão trabalhar no projeto. Quando as operações começarem, cerca mil pessoas trabalharão diretamente na companhia, de acordo com as projeções do TPDC. Uganda tinha duas opções de enviar seu petróleo bruto para o mercado internacional. As opções disponíveis foram a construção de um oleoduto via Quênia ou Tanzânia. Houve discussões com especialistas no Quênia e na Tanzânia e, de fato, a Tullow Oil,  do Reino Unido, fez pressão para o oleoduto passasse pelo Quênia.  A CNOOC, da China,  também apoiou a rota do Quênia, mas a Tanzânia surgiu como a melhor opção quando a petroleira francesa Total, que está envolvida na produção das gigantescas reservas de gás natural do país,  entrou no processo.

Usando seu grande capital financeiro, a Total realizou estudos de viabilidade para uma rota sul  (Hoima-Masaka-Bukoba-Shinyanga-Singida-Tanga) e, após uma sequência de reuniões, assinou um  memorando de entendimento,  em outubro de 2015. A preocupação principal da Total sobre a Rota Lamu foi a situação de segurança no norte do Quênia, que não é garantida. Essa parte do país faz fronteira com a Somália,  centro da milícia Al-Shabaab. Por isso o governo de Uganda e a Total se decidiram pela Tanzânia.

A partir da próxima semana os dois governos começarão as conversações  para concluir outros acordos técnicos, além da partilha das receitas. Todo esse processo pode levar de três a quatro meses. O território da Tanzânia vai abrigar  1.103 km do oleoduto enquanto os 300 km restantes serão construídos em solo Ugandense. Espera-se que o projeto impulsione as atividades de exploração de petróleo no país, particularmente nas áreas onde o oleoduto passará. Também melhorará o Porto de Tanga e mais tarde ajudará o governo a aumentar a arrecadação de receitas portuárias. Além disso, o projeto de petróleo bruto exigirá a construção de novas estradas em aproximadamente 200 km.

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