ELETRONUCLEAR QUER INDENIZAÇÃO POR PERDAS COM CORRUPÇÃO E TENTA AGILIZAR RETOMADA DE ANGRA 3
A Eletronuclear está trabalhando em várias frentes para resolver os problemas surgidos após as revelações da operação Lava Jato, e um dos focos é um pedido de indenizações por conta das perdas com corrupção, a serem pagas por empresas contratadas e ex-dirigentes envolvidos em irregularidades e desvios de recursos. Outro foco é a retomada da usina de Angra 3, que foi paralisada em 2015 e deverá voltar às obras a partir de alguma parceria a ser fechada com empresas internacionais.
As informações foram dadas pelo presidente da Eletronuclear, Bruno Barretto (foto), em entrevista ao jornal Valor Econômico, em que ele prevê o reinício das atividades para a finalização de Angra 3 no segundo semestre de 2018, com a estimativa de começar a operar comercialmente em dezembro de 2022.
Um dos fatores fundamentais para esse cronograma ser concretizado, segundo Barretto, é conseguir aumentar a tarifa da energia gerada pela usina, hoje calculada em R$ 222,18 por MWh, abaixo inclusive do valor pago pela geração de Angra 1 e Angra 2, em R$ 224 por MWh.
Agora, a empresa espera para março um sinal verde do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), para poder negociar com os possíveis parceiros internacionais, que incluem a chinesa CNNC, com quem a estatal já assinou um memorando de entendimentos; a francesa EDF, com quem tem um termo de confidencialidade para compartilhar dados de Angra 3; com a russa Rosatom e com a sul-coreana Kepco.
Até o momento, a usina tem 62% de conclusão, mas uma parte fundamental, que é a montagem eletromecânica, vai demandar muito trabalho. O custo da usina também está em reavaliação, sendo que em 2015 o orçamento tinha subido para R$ 17 bilhões, dos quais R$ 5,3 bilhões já haviam sido gastos.
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