GOVERNO AVALIA FAZER DOIS LEILÕES DO PRÉ-SAL EM 2017
O governo está apressado para reaquecer a economia e o setor de óleo e gás, mas, dependendo da receita, pode acabar comendo o prato cru. É um risco que se corre no caso de ser levada adiante a ideia de realizar dois leilões do pré-sal ainda este ano, como vem sendo estudado pelo Ministério de Minas e Energia, numa tentativa de dar vazão à demanda represada dos últimos anos.
O problema é que as grandes empresas costumam diversificar os investimentos pelo mundo e os ativos do pré-sal exigem um volume muito alto de recursos, de modo que a demanda pode ficar aquém do esperado. Sem falar que o que a indústria mais pede é regularidade e a realização de dois leilões em um ano não é exatamente o cronograma que deverá vigorar depois.
Além disso, outra questão é a parte burocrática e processual da realização dos leilões, que demandam um grande esforço da ANP, selecionando áreas, conectando-se com órgãos ambientais para liberá-las etc.
Ainda assim, a medida está na pauta do governo, e faz parte de um grupo de ações estudadas para estimular o setor, sob a avaliação do secretário de petróleo e gás do ministério, Márcio Félix (foto), incluindo a redução dos porcentuais de royalties para cerca de 5%, o piso previsto na Lei do Petróleo, em áreas onde o risco exploratório é maior, dentre outras maneiras de atrair mais investidores.
O primeiro leilão do pré-sal deve ser inclusive adiantado para o primeiro semestre deste ano, como já divulgado, mas ainda precisa cumprir os trâmites necessários da agência reguladora, de modo que a alteração de data ainda não foi confirmada oficialmente.
Deixe seu comentário