ELETRONUCLEAR ANULA LICITAÇÃO DAS OBRAS DE ANGRA 3 E DÁ UM PASSO PARA O REINÍCIO DAS OBRAS
Era uma decisão que já se esperava: A Eletronuclear anulou a licitação para a montagem eletromecânica da usina de Angra 3. A anulação foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira(30). O consórcio Angramon foi o vencedor e era formado pelas empresas Andrade Gutierrez, Camargo Correa, Queiroz Galvão, UTC, Techint, Odebrecht e EBE. A estatal informou que indeferiu pedidos de reconsideração apresentados pelas empresas, após análise de processos administrativos para investigar a validade do processo seletivo que resultou na vitória do consórcio.
O edital da concorrência foi feito em dois pacotes, em 2011. Vários recursos, primeiramente administrativos e depois na justiça e acabou parando no TCU, em Brasília. As empresas não habilitadas reclamavam o direito de participar, mas a falta de qualificação técnica acabou por desclassifica-las e a decisão da Eletronuclear acabou sendo corroborada na justiça e no próprio Tribunal de Contas da União.
Dois anos depois o valor da obra foi contestado pelos dois consórcios inscritos, o UNA 3 – composto pelas construtoras Andrade Gutierrez, Norberto Odebrecht e Camargo Corrêa, além da UTC Engenharia- e Angra 3 – formado pela EBE, Techint e Queiroz Galvão – alegando defasagem nos preços. O Tribunal de Contas da União também questionou o valor, só que considerando o valor elevado. Em 2014 os consórcios vencedores formaram um único consórcio para fazer as obras associadas ao circuito primário, no valor de R$ 1,369 bilhão e as obras de montagem dos sistemas convencionais orçado em R$ 1,752 bilhão, depois de um desconto de 6 %.
A falta de pagamentos pelas obras civil acabaram por comprometer as obras de montagens. De tal forma que a Andrade paralisou os trabalhos e o novo consórcio formado para concluir as obras complementares foi praticamente dissolvido. As empresas foram devolvendo o contrato uma a uma. Apenas a EBE permaneceu com o desejo de permanecer, mas nesta segunda-feira, a decisão da Eletronuclear, tomada na quinta-feira(26), foi publicada oficialmente.
O novo presidente da Eletronuclear, Bruno Barreto, que substituiu o Almirante Othon Bastos, acusado e preso por irregularidades em sua gestão, passou a negociar com empresas chinesas a conclusão da obra. Os russos que também demonstraram interesse em concluir a obra, já não parecem muito animados. Mas as negociações estão em andamento e ainda este ano, Angra 3 poderá ser novamente retomada. A Eletronuclear ainda estuda a forma correta e legal de se fazer a conclusão da usina.
A reportagem apresenta um equívoco, o atual presidente da Eletronuclear é o Sr. Bruno Barretto.
O esforço para dar início às obras civil e a montagem deve ser duplicado, os equipamentos, os materiais custa em sua preservação muito caro e realizados com técnicos especializados e não simplesmente por número de pessoal. Além da cidade de Angra está sofrendo com o desemprego, com mais de 90% dos marejais e equipamentos no canteiro não têm como recuar, ou vamos assistir mais um desperdício de dinheiro. A luta deve ser em privatizar o fornecimento e a montagem das Usinas Nucleares que o Brasil tanto precisa. Ou vamos continuar contundindo e acabando com o meio ambiente como fizemos com… Read more »
GRato. Desculpe a falha