ENQUANTO GREVE NO PORTO DE SANTOS ACABA, SE INICIAM PROTESTOS ENTRE METALÚRGICOS DE NITERÓI
Após o fim da greve dos 7 mil funcionários no Porto de Santos, em São Paulo, a situação fica pior em Niterói, Rio de Janeiro. A greve está sendo acompanhada por protesto e confusão. São 2 mil operários dos estaleiros Mauá, Aliança, STX, UTC e Enaval que gritam por reajustes salariais e outros aumentos.
Extensos engarrafamentos interromperam o fluxo nas avenidas da cidade. Na gritaria, dois manifestantes foram presos e os trabalhadores indignados fecharam a Avenida Amaral Peixoto, uma das mais importantes da cidade. Eles são metalúrgicos de Niterói e Itaboraí que exigem uma série de reajustes. Pedem ticket alimentação de R$ 250, pagamento correto da Participação nos Lucros e Rendimentos das empresas, auxílio-creche no valor de R$ 250, aumento do período de licença maternidade de 120 para 180 dias e padronização do plano de saúde para todas as empresas do setor.
De acordo com o secretário geral do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico, Edson Carlos Rocha, os patrões das empresas do setor se comprometeram a conversar com os trabalhadores, mas não cumpriram. Ele disse que partidários políticos do PSTU e PSOL se infiltraram na manifestação. Sem contar com integrantes do Sindicato dos Trabalhadores da UFF.
Em São Paulo, o cenário no Porto de Santos é de retorno aos postos de trabalho. Os trabalhadores haviam entrado em greve protestando contra um Termo de Ajustamento de Conduta, assinado pelo Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) e pelo Ministério Público do Trabalho, que determina o fim da jornada dobrada e obriga os portuários a cumprir 11 horas de descanso.
O Tribunal Regional do Trabalho conteve a paralisação ao determinar que as operações fossem mantidas com, no mínimo, 70% do efetivo convocado pelo Ogmo. Caso não cumpram a sentença, a multa será de R$ 100 mil por dia. As operações no porto ocorrem em apenas oito dos 32 navios atracados, devido à chuva.
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