FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ORGANIZA ENCONTRO EM HOUSTON, COPIANDO IDEIA DO CONSAGRADO CHURRASCO DOS BRASILEIROS
O Chacrinha tinha duas máximas famosas: “Quem não se comunica se trumbica” e “Em televisão nada se cria, tudo se copia”. Na TV, pelo menos, as cópias traziam alguma melhora. Alguma evolução. Neste caso, a Fundação Getúlio Vargas está seguindo esta máxima, mas não à risca. Está copiando uma ideia, mas não está melhorando. Pelo contrário. A coisa se tornou um negócio onde alguém quer ganhar dinheiro com isso, deturpando completamente a ideia original. Ao copiar a ideia de reunir os brasileiros em torno de um churrasco na cidade de Houston, na véspera da abertura da OTC, a iniciativa não está sendo bem vista por muita gente do mercado de petróleo e gás. E há algumas razões para isso: a iniciativa é uma cópia mal feita do evento, fugindo completamente do objetivo. De sua origem; Além de custar em torno de 100 dólares para quem quiser participar, o local escolhido, o pátio de uma universidade local, é complemente impessoal. E, para piorar, ainda se anuncia uma atração principal nada simpática aos interesses de grande parte das empresas brasileiras da indústria do petróleo: a presença do Ministro das Minas Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, um dos personagens principais que se dobrou aos interesses da Petrobrás e de seis petroleiras internacionais pela quebra do conteúdo nacional. A Fundação Getúlio Vargas, como instituição séria e respeitada, não precisava disso. E nem merecia isso em sua história.
A ideia original do que acabou se tornando um evento imperdível todos os anos, foi do empresário Fernando Frimm, hoje presidente da GustoMSC, e de sua esposa, Rosa. Os encontros começaram há 20 anos, sempre com a ajuda de amigos. Começaram como se fosse uma pequena reunião de colegas da faculdade e acabaram tornando-se uma grande festa entre amigos e com os amigos dos amigos. A satisfação com que o casal abria sua casa para receber as pessoas era contagiante. Sentir a alegria de ser bem recebido, maior ainda. O casal proporcionava uma oportunidade de uma reunião dos muitos colegas de profissão que iam à OTC, mas que só se viam em eventos semelhantes. Era o encontro inicial dos brasileiros “perdidos” em Houston. O ambiente sempre muito agradável. Essa foi a razão maior para que Churrasco dos Brasileiros tenha vingado e se tornado uma tradição da OTC. Importante dizer: sem custo para quem fosse convidado à participar. O casal Frimm não foi chamado à opinar, mas a expectativa e a esperança, fica a sugestão do Petronotícias, é que nos próximos anos de OTC, ele se anime de novo para reencarnar o verdadeiro sentido daqueles encontros sinceros e verdadeiros dos amigos de sempre. Quem sabe ainda este ano?
Engraçado: antes o evento era FECHADO, onde só a “cúpula” (entendam como quiserem) era convidada, e várias empresas sérias ficavam de fora. Agora, que o evento foi democratizado e profissionalizado, publica-se uma crítica nesse nível. Que pena.
Curioso esse comentário anônimo. Só pode ser de gente contrariada que vai deixar de ganhar dinheiro com este evento.
Primeiro porque não quer aparecer, mas ainda sim o site publicou. Merece elogios por isso. Depois foi escrito por alguém que não conheceu o churrasco. Era uma festa para amigos, como disse a reportagem, não um evento de empresas.
Era de pessoas físicas, não de pessoas jurídicas. Os participantes eram amigos que se encontravam. Era para festejar, não para fazer lobby ou negócios ou explorar financeiramente os convidados. O Sr. Anônimo parece que nem ler sabe.