LICITAÇÃO PARA CONCLUSÃO DE ANGRA 3 DEVE SAIR SÓ EM 2018, COM INÍCIO DA OPERAÇÃO ATÉ 2024

Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) – 

O governo está concentrando suas atenções nas medidas de recuperação econômica que considera mais prementes e acabou deixando em segundo plano a retomada da usina de Angra 3, que só deve acontecer a partir de 2018, segundo o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, com a previsão de conclusão apenas para entre 2023 e 2024, marcando mais um adiamento no projeto.

O modelo de retomada das obras, que foram paralisadas próximas da faixa de 60% de conclusão, está sendo desenhado pela Eletronuclear e deverá envolver parceiros privados, mas Pedrosa disse que isso ainda não está definido, apesar de ter sido incluído na pauta da próxima reunião do Comitê Nacional de Política Energética, marcada para 11 de abril.

De acordo com o secretário, a parceria deverá ser feita com uma ou mais empresas internacionais, sendo que já houve negociações com companhias da China, da Rússia e de outros países, incluindo fabricantes de reatores nucleares.

Pedrosa afirmou que há vários modelos em vista, podendo prever tanto a contratação de serviços como a participação acionária no projeto. No entanto, ele disse que o governo não pretende considerar um modelo de negociação que demande alteração na constituição, mantendo “a operação e a responsabilidade” sobre a usina nas mãos da Eletronuclear.

Ao ser questionado sobre o prazo para o lançamento de uma nova licitação, voltada à retomada das obras, o secretário afirmou que o processo de desenho desse novo modelo deverá levar pelo menos um ano, de modo que não acontecerá antes do segundo trimestre de 2018. Ele não quis mencionar valores estimados para essa nova etapa, mas disse que é “uma soma expressiva”.