MAIOR INDÚSTRIA NUCLEAR QUE COMANDA PROJETOS SECRETOS SERÁ DIRIGIDA POR INDICADOS POLÍTICOS SEM QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL | Petronotícias




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MAIOR INDÚSTRIA NUCLEAR QUE COMANDA PROJETOS SECRETOS SERÁ DIRIGIDA POR INDICADOS POLÍTICOS SEM QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

maxresdefaultA partir desta quarta-feira(17) a maior e mais importante indústria nuclear brasileira, a Nuclep,  passará a ser dirigida por pessoas que não reúnem a menor capacitação profissional,  como qualquer indústria nuclear exige no mundo inteiro. Às 11 horas da manhã tomará posse  na presidência da empresa Siciliano Francisco, um engenheiro metalúrgico, Luciana Camargo da Silva, na diretoria administrativa-financeira, e Luis Renato de Almeida, um ex-fiscal do Ministério do Trabalho de Duque de Caxias, que assumirá a diretoria Comercial. O caso fica mais grave ainda porque a comissão de avaliação da empresa, considerou sem a qualificação necessária para as funções os nomes de Luciana e Luis Renato. A decisão foi registrada em ata em dezembro de 2016. E piora ainda mais quando se soube que o atual presidente da CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear – o Major-Brigadeiro Roberto Pertusi – que está respondendo pela presidência do Conselho de Administração da Nuclep, convocou uma reunião do conselho  às pressas para a última sexta-feira(12) com o objetivo de anular a ata que impedia da comissão de avaliação da empresa que desqualificava o nome dos dois indicados para diretoria e impedia tecnicamente a posse dos dois.  A Nuclep é considerada empresa estratégica, por lidar com informações confidenciais a respeito da construção do submarino nuclear da Marinha,  operar um porto em Itaguaí,   além de fabricar peças de alta complexidade para a Usina Nuclear Angra 3.

Na reunião, o conselho aprovou a anulação da ata por 2 x 1 e uma abstenção. O representante dos funcionários da empresa foi quem se absteve. E os votos favoráveis foram do próprio Brigadeiro Pertusi e de Tarcísio Cunha, do Ministério das Ciências e Tecnologia.  Quem faltou a reunião, até onde se sabe, por não querer participar desta decisão, foi o Almirante Bento, uma das maiores autoridades do setor nuclear que o Brasil já teve e  quem está a frente do Prosub, o projeto de construção dos submarinos, inclusive o nuclear que está sendo construído na Nuclep.

Essa confusão toda tem uma origem: nomeação política. Siciliano, o novo presidente, é indicado pelo ex- prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso. Luciana, da diretoria administrativa-financeira,  é indicada  do Deputado Celso Pansera. O mesmo que foi acusado por Alberto Youssef de ser o “ pau mandado” de Eduardo Cunha, preso em Curitiba, acusado e já condenado por desvio de verbas da Petrobrás.  Luiz Renato é indicação pelo Deputado Áureo Ribeiro. Luiz Renato de Almeida, ex-fiscal e gerente do escritório do Ministério do Trabalho de Caxias, é ligado ao partido Solidariedade. Ele foi candidato a deputado na eleição de 2014 e teve apenas 2.806 votos.   Luciana Camargo da Silva foi cabo eleitoral de Pansera, tendo doado R$ 2.000 nas eleições de 2014. Além disso, ela se diz uma “Panserete” nas redes sociais. Suas indicações também confrontam a lei das estatais que entrou em vigor no ano passado e foi regulamentada já no governo de Michel Temer.    De acordo com a lei, fica vedada a indicação para direção de estatais de pessoas que tenham atuado como dirigentes de partidos, participado de campanhas políticas ou prestado serviços à União e demais poderes nos últimos três anos. Mas o governo parece não estar preocupado em cumpri-la.

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Luciano Seixas Chagas
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Luciano Seixas Chagas

A troca por votos para aprovar reformas sem o aval do povo dá nisso. A empresa e o programa que se danem e viva o voto comprado e cativo. O pior é não ouvir panelas baterem com tais canalhices.