A AGÊNCIA DE ENERGIA ATÔMICA FAZ NOVO ALERTA NA UCRÂNIA E DIZ QUE OUTRAS TRÊS USINAS NUCLEARES ESTÃO SOB RISCOS
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Mariano Grossi, disse que as três usinas nucleares em operação na Ucrânia tiveram que reduzir sua geração de eletricidade como resultado de ataques à infraestrutura energética do país. Na última atualização da agência, ela disse que as usinas nucleares – Khmelnitsky, Rivne e South Ukraine – tiveram que reduzir seus níveis de energia na quinta-feira pela segunda vez em duas semanas como uma medida de segurança preventiva, por ainda estarem sob risco. As três usinas têm um total de nove reatores. Um reator em Rivne foi desconectado da rede e todas as três usinas continuaram a receber energia externa, embora Khmelnitsky tenha perdido a conexão com duas de suas linhas de energia. Rafael Grossi disse que “A infraestrutura energética da Ucrânia é extremamente frágil e vulnerável, colocando a segurança nuclear em grande risco. Mais uma vez, peço máxima contenção militar em áreas com grandes instalações de energia nuclear e outros locais dos quais elas dependem.” As equipes da AIEA visitaram sete subestações localizadas fora das usinas nucleares na Ucrânia em setembro e outubro para avaliar a situação após os ataques à infraestrutura de energia em agosto. Grossi relatou ao conselho de governadores da AIEA no início deste mês que houve “danos extensos” e concluiu que a confiabilidade do fornecimento externo para usinas nucleares foi “significativamente reduzida”.
Em seu comunicado, ele disse que “A AIEA continuará a avaliar a extensão dos danos às instalações e linhas de energia que são essenciais para a segurança e proteção nuclear. A AIEA continuará a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para reduzir o risco de um incidente nuclear durante esta guerra trágica.” As equipes da agências enviadas para cada uma das usinas nucleares da Ucrânia e disseram que não houve relatos de danos diretos às usinas, mas elas precisam ter um suprimento de eletricidade para garantir que as funções de segurança necessárias possam ocorrer, bem como o resfriamento do reator, e também precisam de conexões confiáveis com a rede para poder distribuir a eletricidade que produzem. Além das três usinas nucleares em operação na Ucrânia, a usina nuclear de Zaporizhzhia (foto à direita) está sob controle militar russo desde o início de março de 2022. Seus reatores estão todos desligados e ela teve que depender de geradores a diesel de emergência em ocasiões em que perdeu todo o acesso à energia externa. A AIEA estabeleceu suas sete regras para segurança e proteção nuclear durante o conflito Rússia-Ucrânia, que foram adotadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Elas incluem os princípios básicos de que ninguém deve atirar em, ou de uma usina nuclear, ou usar uma usina nuclear como base militar.
Como, em sã consciência, uma empresa estatal nuclear ( Rosatom) de um país que bombardeia usinas nucleares e destrói linhas de transmissão e subestações que alimentam usinas nucleares, sabendo que apenas uma hora em black out total de uma única unidade vindo de 100% de potência pode fundir o reator e logo após danificar a contenção, dissipando radiação altamente concentrada na atmosfera, pode pretender fornecer reatores ao Brasil? Se não existe respeito ao núcleo do reator, qualquer que seja ele e esteja aonde estiver, não existe qualquer segurança em usinas nucleares provenientes da Rússia. Apesar de serem nossos camaradas BRICS,… Read more »
Mas ver um argentino campeão mundial de energia nuclear, falando e o mundo ouvindo sobre os átomos, e nenhum de nós nem mesmo perto, um certo constrangimento é inevitável.
Margem de segurança em usinas nuclear é algo vital. Mede a distância entre a segurança e a insegurança. Tanto maior melhor, desde que não inviabilize economicamente. E bombardeando usinas nucleares mostra claramente que margens de segurança são subjetivas, flexíveis, voláteis na Rússia. Não dá pra confiar.