A ALIANÇA NUCLEAR EUROPEIA SE REÚNE EM LUXEMBURGO PARA VOLTAR A DEFENDER A GERAÇÃO DE ENERGIA LIMPA

A Aliança Nuclear Europeia, composta pela Bulgária, Croácia, República Tcheca, Finlândia, França, Hungria, Holanda, Polônia, Romênia, Eslováquia, Eslovênia, Suécia, Bélgica e Itália,  se reuniu em  Luxemburgo, à margem do Conselho de Energia, com ministros e representantes de alto nível de 14 estados-membros da UE (incluindo a próxima presidência polonesa), bem como da Comissão Europeia, para uma declaração conjunta. A Aliança divulgou um comunicado dizendo que “Em um contexto geopolítico global em mudança, o próximo mandato da Comissão 2024-29 deve garantir a competitividade e a resiliência de nossas economias para alcançar a neutralidade climática até 2050 e enfrentar o ‘desafio existencial’ que a Europa está enfrentando. “A energia nuclear, juntamente com a energia renovável, é uma solução de custo competitivo para atender à crescente demanda por eletricidade sem combustíveis fósseis e mitigar as mudanças climáticas, graças à sua baixa pegada de carbono. A energia nuclear é a tecnologia sem combustíveis fósseis disponível, capaz de produzir energia despachável de carga base consistente, garantindo tanto nossa segurança coletiva de fornecimento quanto a flexibilidade necessária em nosso mercado de eletricidade.”

Em março, a Aliança Nuclear Europeia delineou quatro pilares de ação para definir “uma estrutura europeia facilitadora para promover uma indústria nuclear europeia robusta e garantir a segurança do fornecimento de materiais nucleares, particularmente combustível nuclear, para usos energéticos e não energéticos“. Estes incluíam: desenvolver o acesso ao financiamento privado e público, e explorar as possibilidades e benefícios dos instrumentos de financiamento europeus; desenvolver uma força de trabalho nuclear qualificada e diversificada para todas as aplicações nucleares civis; ampliar a colaboração industrial, de pesquisa e inovação em uma cadeia de valor europeia por meio de projetos concretos; e respeitar as escolhas nacionais de todos os estados-membros com relação à descarbonização de sua matriz energética para fortalecer nossa unidade. “Estamos comprometidos em intensificar nossa cooperação dentro da Aliança, com todos os outros estados-membros da UE com ideias semelhantes e com a Comissão Europeia nesses quatro pilares. Os benefícios das usinas nucleares existentes e futuras vão além das fronteiras dos estados-membros que optam pela energia nuclear. De fato, energias de base de baixo carbono, como energia hidrelétrica ou nuclear, estabilizam nossa rede comum e todo o mercado europeu de eletricidade.”

Os 103 reatores nucleares atualmente em operação na UE fornecem cerca de um quarto de sua eletricidade:  “A energia nuclear, assim como as renováveis, são verdadeiros ativos coletivos para a União Europeia. Devido ao seu perfil de carga base e baixos custos operacionais, a produção de energia nuclear cria condições de mercado menos voláteis. Sem essas energias, não há caminho para a UE fornecer aos seus cidadãos energia de baixo carbono acessível, confiável e abundante, ao mesmo tempo em que atinge o net-zero até 2025.” O mandato atual da Comissão vai até 31 de outubro de 2024. Entre 6 e 9 de junho, os cidadãos da UE votaram para eleger os 720 membros do próximo Parlamento Europeu. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, foi eleita para um segundo mandato.