A CAMECO REINICIA PRODUÇÃO DE URÂNIO EM MINA DO CANADÁ QUE ESTAVA INATIVA DESDE 2018

A Cameco vai reiniciar a produção de urânio em McArthur River/Key Lake, inativa desde 2018. A empresa planeja aumentar a produção na operação no norte de Saskatchewan para produzir 5770 toneladas por ano a partir de 2024. Contudo, para manter a “disciplina de fornecimento“, vai reduzir a produção em Cigar Lake para 25% abaixo de sua capacidade licenciada. O presidente e CEO da Cameco, Tim Gitzel, disse: “Vemos um mercado onde os fundamentos estão mudando a nosso favor”. Os cortes de produção planejados e não planejados da Cameco, redução de estoque e compras no mercado, desde 2016, removeram mais de 4.800 toneladas de U3O8 do mercado spot. A empresa adicionou 140 milhões de toneladas em contratos de longo prazo ao seu portfólio desde o início de 2021.

A demanda de urânio mundial, segundo Tim Gitzel, é durável e brilhante. “No entanto, a história do lado da oferta de urânio pinta um quadro muito diferente”, avaliou. Preços persistentemente baixos levaram a cortes planejados de produção na capacidade existente, aumento do risco de investimento para nova capacidade e o fim da vida útil de algumas minas. No passado, os suprimentos de urânio secundário preencheram as lacunas do mercado, mas essa capacidade agora está diminuindo significativamente. Isso é amplificado ainda mais por interrupções não planejadas na cadeia de suprimentos causadas pela pandemia de covid-19, cadeia de suprimentos global e desafios econômicos, enquanto o aumento do interesse dos investidores que sequestram grandes quantidades de material contribuiu para o enfraquecimento do mercado spot.

“É hora da Cameco prosseguir com a próxima fase de nossas decisões de disciplina de fornecimento”, disse Gitzel aos investidores. “Estamos adotando uma abordagem de portfólio para nossa disciplina de fornecimento. Em 2021, estávamos operando cerca de 75% abaixo da capacidade produtiva, o que teve um custo significativo para o nosso negócio. Até 2024, planejamos operar cerca de 40% abaixo da capacidade produtiva, que permanecerá como nosso plano de produção até que vejamos mais melhorias no mercado de urânio”, concluiu.