CAMECO REVISA PARA BAIXO A PRODUÇÃO DE URÂNIO NO CANADÁ POR FALHAS NOS EQUIPAMENTOS USADOS NA PRODUÇÃO

A Cameco revisou para baixo a produção esperada deste ano para suas operações de mineração de urânio no Canadá. A empresa cita problemas de confiabilidade dos equipamentos em Cigar Lake e a contínua incerteza sobre a produção planejada em Key Lake. Além disso, citou ainda os cuidados com a manutenção desses equipamentos. Espera-se agora que Cigar Lake produza até 6,2 mil toneladas de U3O8 este ano, abaixo do que previa anteriormente. A produção das operações de McArthur River/Key Lake para 2023 deverá também ficar abaixo da previsão anterior. Em um comunicado, a empresa diz que conforme relatado anteriormente, as atividades de mineração na operação Cigar Lake foram iniciadas a partir de uma nova zona no corpo mineral no segundo trimestre deste ano, o que impactou a produtividade. “A medida que as atividades de mineração continuaram no setor oeste durante o terceiro trimestre, surgiram problemas de confiabilidade dos equipamentos que afetaram ainda mais o desempenho”, explicou. A mina deverá entrar em sua parada anual planejada para manutenção, que durará a maior parte deste mês.

A Cameco anunciou sua decisão de retomar as operações de McArthur River/Key Lake,  inativas desde 2018. O minério da mina subterrânea é transportado por caminhão por 80 km por estrada até a usina em Key Lake para processamento. A mina está operando bem e espera-se que atinja a produção planejada para o ano, mas há incerteza contínua em relação à produção planejada em 2023” a medida que a fábrica continua a crescer. “O período de tempo que a instalação esteve em cuidados e manutenção, as mudanças operacionais, a disponibilidade de pessoal com as habilidades e experiência necessárias e o impacto dos desafios da cadeia de abastecimento na disponibilidade de materiais e reagentes combinaram-se para impactar a produção em Key Lake , levando à redução da previsão“, disse a empresa.

A Cameco disse que pode, se necessário, obter material por meios como compras no mercado, antecipação de compras de longo prazo, uso de estoque ou empréstimo de produtos. A empresa também destacou a sua exposição a preços mais elevados em contratos relacionados com o mercado na sua carteira de longo prazo com discussões contratuais em curso, bem como o seu forte balanço para ajudar gerir a empresa. “A incerteza sobre de onde virão os fornecimentos de combustível nuclear para satisfazer a procura crescente continua a impulsionar a contratação a longo prazo, com provas claras de que o mercado mais amplo do urânio está a avançar para a contratação a taxas de substituição pela primeira vez em mais de uma década. Este é o tipo de contratação necessária para promover a descoberta de preços já observada nos mercados de enriquecimento e conversão e que se espera que incentive os investimentos na oferta necessária para satisfazer as crescentes necessidades de longo prazo”, finalizou a companhia.