Naturgy
faixa - nao remover

A CANADENSE ENBRIDGE CONSEGUE BONS AVANÇOS NA JUSTIÇA PARA RESOLVER PROBLEMAS NO OLEODUTO DA LINHA 5

linha-5-300x169ORLANDO – Por Fabiana Rocha – Durante dois dias de audiências no final da semana passada, membros da Tribo River Band, nos Estados Unidos, conhecidos defensores ambientais, testemunharam contra o Corpo de Engenheiros do Exército dos EUA, que concedeu uma licença para redirecionar o oleoduto da Linha 5 da empresa canadense Enbridge, sob o Lago de Michigan, e está prestes a conceder outra licença em Winscosin, para redirecionar um outro trecho da Linha 5.  Os depoimentos dos membros da tribo foram as últimas chances de impedir que o novo oleoduto fosse instalado. A tribo também reclama de um desvio no oleoduto em um outro trecho da linha 5, que fica rio acima de sua reserva,  o que, segundo dizem os seus líderes,  “prejudicará a qualidade da água na bacia hidrográfica, incentivará o crescimento de espécies invasoras e danificará as áreas úmidas, diminuindo a capacidade de filtrar poluentes do escoamento antes que cheguem às águas superficiais.” No entanto, não há qualquer base científica até agora que leve a esta conclusão.

Para lembrar, o novo trecho do oleoduto ficará instalado num túnel de sete quilômetros, com cinco  metros de diâmetro, 30 metros abaixo no leito do lago. Terá um grande vãopaulo linha 5 em descida e outro em uma subida acentuada. O desafio deste lançamento deverá usar a tecnologia brasileira da Liderroll, que já tem experiências e a patente para esta forma de construtibilidade  de pipelines. “É um desafio e tanto,” prevê o empresário Paulo Fernandes (foto à direita), presidente da Liderroll, que levará a sua experiência para esta construção. “Os engenheiros do Exército americano já concederam a licença para a construção do túnel  e agora estamos esperando mais um fecho na justiça para que a Enbridge, essa gigante canadense, possa iniciar as obras de base para a construção do túnel sob o lago”, conclui Fernandes.

wisconsinA Enbridge diz que os planos de redirecionamento do trecho de Winsconsin irão minimizar o efeito ambiental da construção e operação do oleoduto, enquanto grupos da indústria e sindicatos dizem que o projeto foi examinado para garantir que não seja prejudicial e que os argumentos contra os efeitos ambientais da construção podem ser usados para desacelerar qualquer projeto no estado, não apenas aqueles com os quais a tribo discorda politicamente.  No ano passado, o Departamento de Recursos Naturais de Wisconsin emitiu as suas próprias licenças   a empresa construir o oleoduto, com mais de 200 condições adicionais para garantir a conformidade com os padrões estaduais. Desde 2020, a Enbridge vem trabalhando em um plano para redirecionar o oleoduto, que vai do extremo noroeste de Wisconsin, por 1.035 quilômetros, até a Península Superior de Michigan, passando pelo Estreito de Mackinac e atravessando a fronteira dos EUA com o Canadá, perto de Detroit. Ele transporta cerca de 93 milhões de litros de petróleo bruto e gás natural liquefeito diariamente.

Robert Blanchard (foto à direita), presidente da tribo, disse que “É nossa terra natal. Se o Corpo de Exército dos EUA conceder essas licenças, a Enbridge sem dúvidarobert destruirá e poluirá nossa bacia hidrográfica com a abertura de valas, detonações e perfurações horizontais em centenas de pântanos e córregos a montante. Peço ao Corpo de Exército dos EUA que pense nas pessoas e em todos os seres vivos que isso afetará e que negue a licença para este projeto. Quando olho para minha terra natal, vejo-a através dos olhos do meu avô, que a viu através dos olhos do seu avô”.

Durante o período de comentários públicos da audiência de quarta-feira, vários representantes sindicais defenderam o projeto como uma fonte de empregos locais e ambientalmente seguro. Chad Ward, representante do sindicato Teamsters Local 346, disse que os membros de seu sindicato trabalharão no projeto e moram na região, portanto, levam “muito a sério nosso compromisso com a comunidade e o meio ambiente ao redor do canteiro de obras. Eu e outros temos sérias preocupações de que as afirmações feitas pela tribo possam ter impactos muito além do próprio projeto da Linha 5. Práticas de construção consideradas as melhores práticas da indústria e regulatórias para a proteção ambiental são citadas pela tribo como razões pelas quais este projeto não deve prosseguir, práticas que são de uso comum em todo o país.”  O Corpo do Exército aceitará comentários por escrito sobre a aprovação da licença por 30 dias, podendo tomar uma decisão a qualquer momento.

Deixe seu comentário

avatar
  Subscribe  
Notify of