A CEBRACE DÁ UM PASSO À FRENTE NA DESCARBONIZAÇÃO E PASSA A USAR GÁS BIOMETANO EM UMA DE SUAS UNIDADES DE PRODUÇÃO DE VIDROS

A Cebrace, uma joint-venture entre os grupos Saint-Gobain e NSG/Pilkington, inicia o uso do gás biometano na produção de vidro float nos fornos da unidade de Jacareí, em São Paulo. Gerado a partir de resíduos sólidos urbanos do Aterro Sanitário de Jambeiro, nas proximidades da sede da Cebrace, o biocombustível substituirá parte do gás natural consumido nas linhas de produção. Com isso, será poupada a emissão de aproximadamente 25 mil toneladas de CO2 por ano, uma quantia equivalente ao plantio de 125 mil árvores. É a primeira vez que uma usina de vidro plano brasileira anuncia o uso do biometano na produção, uma fonte energética renovável e sustentável, produzida pela decomposição de materiais orgânicos e resíduos sólidos urbanos. Para a produção nos fornos Cebrace, serão usados milhões de m3 de biometano por ano, como antecipa Manuel Corrêa (foto), diretor-executivo da joint-venture: “Após a implementação em Jacareí, nosso objetivo é ampliar o uso dessa fonte de energia mais limpa e verde em todas as unidades fabris, expandindo futuramente para Caçapava e Barra Velha”.

A iniciativa é parte das metas da Cebrace em busca de mais sustentabilidade, que incluem objetivos como a redução de até 33% das emissões de CO2,  referente às emissões diretas e relacionadas à energia; diminuir em 50% o consumo de água no processo de produção; reduzir em 80% o resíduo de produção não recuperado e ter documentada a análise de ciclo de vida de todos os produtos da fabricante.

Em 2023, a Cebrace foi a primeira usina vidreira do Brasil a apresentar uma Declaração Ambiental de Produto – conhecida no mercado como Environmental Product Declaration (EPD) – para vidro float e vidros de proteção solar. Este documento informa toda a análise do ciclo de vida do material e seus impactos no meio ambiente, afirma o diretor-executivo Lucas Malfetano: “Queremos contribuir para uma redução dos impactos da produção de vidro no meio ambiente, além de fornecer mais transparência sobre o ciclo de vida do nosso material. Isso reafirma nosso compromisso em fazer a nossa parte rumo a uma construção mais sustentável”.