A DEPUTADA SILVIA WAIÃPI REAGE CONTRA A INICIATIVA DE PROJETO DA ESQUERDA QUE PROIBE A EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO NA AMAZÔNIA
A deputada federal Silvia Waiãpi reagiu com veemência ao Projeto de Lei 1725/25, apresentado pelo deputado da esquerda brasileira, o paulista Ivan Valente, que está propondo a proibição da oferta de novos blocos para exploração de petróleo e gás natural na Amazônia. A proposta também obriga as empresas com concessões já vigentes na região a executarem projetos de recuperação ambiental. Para Waiãpi, o projeto representa uma tentativa de impor visões externas à realidade amazônica e ignora as necessidades das populações locais, como ribeirinhos e indígenas. “Na Amazônia tem pessoas. E essas pessoas têm o direito de ser ouvidas, para defender seus interesses.” A parlamentar, que representa o Amapá, não poupou críticas à iniciativa, que classificou como uma ameaça direta ao desenvolvimento da região. “Não aceito que pessoas do Sul e Sudeste queiram ditar a vida na Amazônia. Estão defendendo interesses e discursos internacionais que, ao impedir o progresso e o enriquecimento da região, querem, na verdade, condenar ribeirinhos e indígenas à pobreza extrema, com um discurso alegórico de proteção do bioma.“
Durante pronunciamento, Silvia Waiãpi também fez uma comparação provocativa: “Com todo o respeito ao povo paulista, queria fazer uma pergunta: se eu, deputada do Amapá, propusesse que tudo aquilo que São Paulo arrecada fosse transferido para os cofres do meu estado, vocês aceitariam? Pois é, não aceitariam. Mas é isso que estão fazendo conosco: querem impedir que exploremos nossas riquezas e condenar o Norte à estagnação”.
A deputada reafirmou que irá combater a proposta em todas as instâncias. “Onde quer que esse projeto esteja, nós vamos atrás e vamos reprovar. O senhor, deputado Ivan Valente, não condenará o cidadão do Amapá e da Amazônia brasileira à miséria. Porque é isso que significa essa interferência: manter o meu povo sem qualquer possibilidade de se beneficiar das riquezas do meu País“, concluiu. A matéria, que altera a Política Energética Nacional (Lei 9.478/97), ainda está em análise pela Câmara dos Deputados e promete acirrar o debate entre ambientalistas e defensores do desenvolvimento econômico da Amazônia.
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