A DITADURA AMBIENTAL E BUROCRÁTICA QUE PARALISOU O COMPERJ
A ditadura ambiental que o Brasil está vivendo nos dias de hoje, ao invés de beneficiar, está prejudicando o crescimento do país, e começa a trilhar o perigoso caminho do descrédito pelos constantes exageros que comete. Pior ainda porque são travestidos de uma assinatura moderna da responsabilidade ambiental e social. A decisão de suspender as obras do COMPERJ é um exemplo disso.
As obras passaram pelo rigoroso critério do INEA, órgão responsável pelo licenciamento ambiental do Estado do Rio de Janeiro, antes de seu início. Ultrapassadas essas barreiras, investem-se bilhões de reais, criam-se milhares de empregos diretos e indiretos, revitaliza-se uma região, criam-se riquezas e prosperidade, com todo o respeito ambiental que foi exigido.
Mas, para a burocracia, em nome dessa pretensa responsabilidade, os órgãos se sobrepõem, e acabam gerando uma confusão de tal ordem, que proporcionam nada mais do que inconformismo, paralisação das atividades econômicas, desemprego, insatisfação e mais atrasos.
A imagem do “politicamente correto” parece ser mais forte do que tudo. Chega-se ao delírio de um órgão ambiental praticamente caçar a licença ambiental de outro órgão ambiental. Foi quase isso que ocorreu no caso da determinação de paralisar as obras do COMPERJ. A justiça, a pedido do Ministério Público, considerou que a licença do INEA não era suficiente. Precisa que o IBAMA dê o seu OK.
O que o empresariado, o investidor, aquele que gera riquezas, pode compreender de uma atitude como esta? Qual é o custo desse absurdo? Como se posicionar diante disso?
A Petrobrás passa por uma reestruturação interna em suas atitudes desde que a presidente Graça Foster assumiu a função de liderar a empresa. Não há companhia brasileira com tantos riscos ambientais quanto aos que a Petrobrás é submetida. E não há empresa brasileira com a preocupação e o nível de investimentos ambientais como a Petrobrás. Só em 2012, ela gastou R$ 2,9 bilhões com o meio ambiente. Quando nos vemos diante de uma atitude como a paralisação da construção de uma refinaria tão importante para o país, identificamos que o poder dado a estes órgãos foi exagerado. Criou-se uma força bruta, desigual. Força que ainda é utilizada politicamente.
Recentemente, num artigo especial publicado no Petronotícias, assinado pelo empresário Paulo Fernandes, curiosamente ele fez menção a esta ditadura, quando disse que nos tempos de hoje o Aterro do Flamengo, o calçadão de Copacabana, o bondinho do Pão de Açúcar ou mesmo o Cristo Redentor jamais iriam existir, pelo rigor insano das leis ambientais a que os órgãos federais, estaduais e municipais, sobrepostos, inchados de burocratas, submetem as atividades econômicas.
A burocracia vende dificuldade para colher facilidades. Nada que qualquer brasileiro não conheça perfeitamente em sua rotina diária para ultrapassar as barreiras que impõe. A determinação de parar as obras do COMPERJ cria a falsa imagem de que a Petrobrás não estaria tendo a preocupação devida com o meio ambiente. Este exagero terá custos. Altos. Não só para a Petrobrás. Não só para o Estado do Rio. Não só para os trabalhadores. Não só para as empresas. Mas para a sociedade como um todo, que, desinformada da real motivação desta suspensão, acredita que a força bruta da ditadura ambiental esteja fazendo um bem para ela. Por enquanto, esta ditadura está vencendo.
Excelente texto, parabéns.
Um artigo muito bem pensado e elaborado.
Sds.
Miro Psaros
Mais uma vez vocês tiveram a coragem de colocar o dedo na ferida. Há muito safado que fica se escorando nesta conversa de lei ambiental para atrasar o lado dos outros. Não imaginam o prejuízo que causam. Outro dia li que um grupo de indios viajou 800 quilômetros para protestarem contra Belo Monte. No Rio, surgiram indios no prédio que já foi o Museu do ìndio. Jovens que nunca viram uma oca mais gorda reclamando direitos para trêes índios que estavam dormindo no chão daquela construção abandonada. Quando se pensa em melhorar surgem os “paladinos” de ocasião. Pessoas que jamais… Read more »
A questão é muito mais complexa e o editorial aborda com propriedade uma parte da questão, que é a paralisação das obras, o que por si só já causaria mais danos ao meio ambiente. Pensar no meio ambiente é fundamental. O erro é o jogo político dos interesses nem sempre claros envolvidos.
Muito bem. Admitindo que haja boa fé, uma solução seria que os grandes projetos fossem previamente avaliados e depois liberados definitivamente por um colegiado composto por representantes de todos os órgãos envolvidos, após o que não haveria mais possibilidades de embargos, etc. Esta é a posição da Academia Nacional de Engenharia referente a construção de usinas hidrelétricas e que foi enviada à Presidência da Republica e ao MME.
Muito bla,bla e pouca eficiencia e é que acontece a maioria das vezes