A DIVERSIFICAÇÃO PODE SER UMA BOA ALTERNATIVA PARA AS EMPRESAS NO PRÓXIMO ANO, ACREDITAM EMPRESÁRIOS
Para alguns empresários, o ano de 2016 exigirá muito empenho, dedicação e exploração de outros segmentos na economia. Quem estiver calcado só no segmento de petróleo e gás, deve sofrer. O setor de energia elétrica pode ser uma alternativa, principalmente no setor de geração. Pelo menos até que a Petrobrás encontre um ritmo adequado para levar a empresa a voltar aos níveis de investimentos anteriores.
No Projeto Perspectivas 2016, que o Petronotícias está levando à frente, estamos ouvindo profissionais de diversos segmentos, fazendo uma análise de 2015 e imaginando o horizonte de um novo ano. Nesta edição, ouvimos o presidente da Doris no Brasil, Nelson Romano, que é a empresa responsável pelos projetos dos FPSOs replicantes. Uma companhia com sede na França e com grande experiência no mercado de óleo e gás. Procuramos também Alex Freitas, do grupo de jovens e talentosos executivos que o mercado desfruta. Ele traz sua experiência para a nova empresa que criou, a Ergossol. Ouvimos também o Presidente da Tecnofink, Thomas Fink, um dos empresários brasileiros mais agressivos no setor internacional, dono de uma patente especial utilizada em equipamentos e tubulações expostas ao tempo.
Primeiramente vamos saber as opiniões de Nelson Romano, presidente da Doris no Brasil:
– Como analisa os acontecimentos em seu setor neste ano?
“O setor foi duramente atingido por uma conjunção de fatores, de origem interna, causado pelas dificuldades da economia brasileira e efeitos da operação lava jato e, externas, a queda abrupta e significativa do preço do petróleo fazendo com que grande parte os programas de investimento fossem revistos.”
– Quais seriam as soluções para os problemas que o país está atravessando?
“Infelizmente trata-se de uma crise para a qual não há uma solução específica, por exemplo nada há a fazer para mudar os preços do petróleo. Então restam ações a nível empresarial de forma a aumentar a competitividade o que as empresas tem procurado fazer, mas são também necessárias ações a nível governo.
São ações políticas para que o país volte a crescer e, que as grandes empresas brasileiras possam voltar a operar, que sejam dadas condições às empresas brasileiras de competir com países onde a tributação e a legislação trabalhista são respectivamente mais brandas e flexíveis.
Assim voltamos a dizer que embora o conteúdo local em si não será uma solução permanente, é dentro das circunstancias atuais, uma ferramenta a nível governamental essencial na preservação do conhecimento e da própria existência da engenharia brasileira no setor.”
– Quais as perspectivas para 2016? Pessimistas ou otimistas?
“A visão dos agentes de mercado sobre as perspectivas do ano que vem são bastante pessimistas. No nosso setor consideramos como um ano de incertezas onde o pano de fundo mundial do setor não deve sofrer grandes alterações, assim os resultados dependerão de acontecimentos domésticos onde as principais variáveis serão o crescimento do PIB, a recuperação das grandes empresas e política governamental para o setor. Decisões de natureza predominantemente política.”
Veja agora as opiniões de Alex Freitas, da Ergossol:
– Como analisa os acontecimentos em seu setor neste ano?
“Definitivamente, o ano de 2015 foi bastante desafiador para todos os setores. A crise econômica e política no país acabaram congelando não apenas ações governamentais, mas também investimentos privados, uma vez que o ambiente de instabilidade tira a confiança dos investidores. Esse ambiente impactou severamente o setor industrial gerando diminuição da produção e um grande número de demissões nos últimos 2 anos.
No que tange ao Petróleo & Gás, a queda do preço do barril tem causado, de maneira ainda mais abrupta, com revisões para baixo nos planos de investimentos de todas as grandes empresas de petróleo do mundo, incluindo a Petrobrás. E no caso da Petrobrás, o problema é ainda mais grave, pois o baixo preço do barril vem corroendo as margens justamente da parte do negócio (E&P) de onde ela obtinha grande parte do seu resultado. Com isso, o caixa da empresa fica ainda mais comprometido, da mesma maneira que os investimentos, inclusive aqueles que já estão em andamento.
Alguns setores, entretanto, ainda se apresentam como promissores, como é o caso do setor de Energia. Em função da escassez das fontes hídricas, novas oportunidades surgiram para novas fontes de geração que só não se concretizaram com mais vigor pelo fato de estarmos com a economia em retração.”
– Quais seriam as soluções para os problemas que o país está atravessando?
“O primeiro ponto é recuperar a estabilidade política para que tenhamos condições de avançar com reformas e os ajustes necessários para equilibrar a economia reconquistar a confiança dos investidores. O segundo ponto são as próprias reformas estruturais das quais o país tanto precisa. Nesse sentido, precisamos urgentemente de reformas que tornem mais flexíveis as leis trabalhistas; que descompliquem a estrutura e reduzam a carga tributária; e que reduzam a interferência e atuação do Estado como gestor nos grandes investimentos, transferindo essa responsabilidade para a iniciativa privada. Essa é a agenda necessária para que o país possa modernizar a sua economia e retomar o ciclo de crescimento. ”
– Quais as perspectivas para 2016 ? Pessimistas ou otimistas?
“Historicamente, uma crise como a que estamos vivendo não acaba de uma hora para outra e acreditamos que o ano de 2016 será sim ainda um ano difícil, até mesmo pela inércia que faz com que qualquer ação de melhora leve tempo para surtir efeito.
Desse modo, nossa expectativa é que no ano de 2016 tenhamos pelo menos a adoção das ações necessárias para a retomada do crescimento, mesmo que isso não se reflita necessariamente em melhorias no mesmo ano.
De qualquer modo, estamos bastante otimistas quanto ao desenvolvimento da Ergossol, uma vez que o nosso foco são justamente os projetos voltados para redução de custo e aumento de produtividade e eficiência nos nossos clientes de maneira criativa e segura, o que é essencial nestes tempos difíceis.”
Vamos saber agora as opiniões de Thomas Fink, presidente da Tecnofink:
– Como analisa os acontecimentos em seu setor neste ano ?
“Este foi um ano difícil em geral e principalmente nos setores dependentes da cadeia de Oil & Gas. A Tecnofink entretanto como atua diretamente com manutenção, foi selecionada a ser uma parceira nestes momentos difíceis pela competência, honestidade e tecnologia. Na indústria, atualmente o interesse é em potencializar e manter os equipamentos em detrimento à compra de novos e esta é a realidade maior hoje.”
– Quais seriam as soluções para os problemas que o país está atravessando ?
“A solução para o Brasil voltar a andar nos trilhos é política. Tudo está parado para definir os novos rumos do país e só após os empresários terem confiança nos rumos é que os investimentos retornarão. Porém a solução definitiva para o Brasil será quando o povo em geral passar a ter honestidade. Não adianta nada ter tv a cabo pirata, DVD pirata, baixar músicas sem pagar etc.”
– Quais as perspectivas para 2016 ? Pessimistas ou otimistas ?
“As perspectivas são totalmente pessimistas. Existirá uma luz no fim do túnel mas está muito longe de haver algo que nos leve a vê-la.”
Não conheço o Sr Thomas Fink!
Não sei se é cidadão brasileiro.
Pelo nome não é. Tz ingles, ou americano!
Qt a sua afirmação que o “povo brasileiro em geral é desonesto” , tenho a lhe dizer q não tenho te pirata e pago os maiores impostos do mundo.
O Sr foi no mínimo deselegante com o povo deste país que pode ter te acolhido, caso seja estrangeiro.
Perdeu uma grande oportunidade de ter ficado calado!!
Tadeu Maia
Prezado Tadeu Maia, Realmente você não me conhece, sou nascido e criado em Belo Horizonte e herdei o Caráter de meu pai Adam Fink que de origem Iugoslava imigrou para o Brasil em 1951, após lutar e softer muito na 2 guerra quando ele aqui chegou se NATURALIZOU Brasileiro por ter se apaixonado por nosso país. Meu pai era o maior patriota que conheci até hoje, pois teve a oportunidade de escolher o Brasil como pátria e não simplesmente nascer brasileiro (uma grande diferença ). Eu entrei neste detalhe familiar para que o senhor perceba que também sou patriota pois… Read more »