A ELETRONUCLEAR VAI PUBLICAR NESTA QUINTA-FEIRA O EDITAL PARA REINÍCIO DAS OBRAS DE ANGRA 3
O Programa Nuclear Brasileiro dará um importantíssimo passo a partir de amanhã, quando o Diário Oficial da União publicar o edital para as obras de conclusão da Usina Nuclear Angra 3. A confirmação foi feita durante um live que o Presidente da empresa, Leonam Guimarães, participou no final da tarde desta quarta-feira (24). Depois de cinco anos parado, o canteiro de obras de Angra 3 voltará a se movimentar em 2021. Como a Eletronuclear prometeu, publicará o edital de contratação da obra civil no âmbito do Plano de Aceleração do Caminho Crítico da usina. Em maio, a empresa espera assinar o contrato com a licitante vencedora do processo. Passadas essas duas etapas, Angra 3 verá o lançamento do primeiro concreto em outubro, marcando assim a retomada das obras da planta nuclear. O objetivo central com o plano é garantir a entrada em operação da usina até novembro de 2026.
Conforme já noticiamos diversas vezes aqui no Petronotícias, o Plano de Aceleração do Caminho Crítico visa adiantar algumas atividades de construção da unidade antes mesmo de a Eletronuclear contratar a empresa que irá empreender a obra global. Para publicar o edital de escolha da companhia que irá tocar os trabalhos do plano de aceleração, a Eletronuclear contou com o descontingenciamento dos recursos necessários pela Eletrobrás, no final de janeiro. No ano passado, a holding elétrica havia liberado R$ 1,052 bilhão para a Eletronuclear. Para 2021, estão previstos R$ 2,447 bilhões adicionais.
Para lembrar, um dos principais trabalhos previstos nas obras civis do plano de aceleração de Angra 3 é a conclusão da superestrutura de concreto do edifício do reator da planta. Outra etapa crucial será o fechamento da esfera de aço da contenção e a instalação da piscina de combustíveis usados, da ponte polar e do guindaste do semipórtico – essas atividades estão agendadas para a fase inicial da retomada da construção. Mas antes do plano de aceleração sair efetivamente do papel, a Eletronuclear ainda irá contratar a companhia que finalizará os projetos de engenharia e da empreiteira responsável pelas obras civis e pela montagem no âmbito do plano. A estatal nuclear escolherá ainda as empresas de apoio e fiscalização da fabricação de componentes e das obras civis. Para a construção global da usina a empresa irá fazer a preparação do edital para a seleção da epecista que será responsável pela finalização das obras civis e da montagem eletromecânica da usina. A contratação dessa empresa está prevista para o segundo semestre de 2022.
Na semana passada, a Eletronuclear declarou que apesar de ter decidido pelo modelo do contrato de EPC, há também espaço para a entrada de um sócio no empreendimento. A companhia lembra que um eventual um parceiro no empreendimento teria participação minoritária, já que a exploração da energia nuclear no Brasil é monopólio da União, segundo a Constituição. Até hoje, cinco grandes grupos internacionais mostraram interesse na conclusão das obras da usina: Westinghouse (EUA), EDF (França), Rosatom (Rússia), CNNC e SNPTC (China).
Deixe seu comentário